O conhecimento, hoje, não se limita a decorar conceitos. Está relacionado, na verdade, à capacidade de mobilizá-los na interpretação de informações e na formulação de soluções para situações-problema. É esse o contexto a partir do qual devemos pensar as questões de língua estrangeira moderno no no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). A proposta do ENEM ultrapassa a ideia de ter fluência comunicativa no idioma. Avalia-se como o candidato poderá acessar diferentes conhecimentos por meio do idioma escolhido. A prova propõe uma avaliação linguística a partir da capacidade crítica do participante: da sua análise de dados e da capacidade de julgar situações e apresentar soluções para os problemas do mundo.
A matriz de referência de linguagens, códigos e suas tecnologias confirma o entendimento acima, na medida em que afirma que o estudo/aprendizagem de uma língua estrangeira deve usar os conhecimentos do idioma como meio de ampliar as possibilidades de acesso às informações, tecnologias e culturas, além de reconhecer a importância da produção de cultura como representação idônea da diversidade cultural e linguística de todo um grupo social.
Assim, para avaliar o desempenho dos participantes, cada uma das cinco questões da prova apresenta sempre textos, em inglês ou espanhol, de diferentes gêneros (charges, poemas, letras de música, textos publicitários, reportagens, por exemplo). Elas vêm sempre acompanhadas de comandos em língua portuguesa que, assim como os textos no idioma estrangeiro, devem ser também interpretados para o acerto da resposta.
Concluindo, para obter bons resultados nessa avaliação, algumas dicas podem ser decisivas. A principal delas é a leitura constante de textos de diferentes gêneros no idioma escolhido, visando à construção de um repertório cultural diversificado para o entendimento correto da função social dos textos da prova. E, por último, a dica de sempre: estude as provas de edições anteriores do Enem para conhecer como são formuladas as questões.