Alessandro Reis
Professor do Centro Educacional Sigma
Estudantes do segundo grau que pretendem participar de quaisquer processos seletivos necessitam estar antenados com as mais diversas questões de uma sociedade em desenvolvimento. Entre elas, destacam-se as mudanças ambientais, as políticas de promoção à saúde, a matriz energética e a busca por sustentabilidade associada às tecnologias.
Historicamente, grande parte desses tópicos integram, no Enem, os tópicos de biologia, que se juntam às questões de química e de física na composição da prova de ciências da natureza e suas tecnologias. Os temas de biologia apresentam ecologia associada à matriz energética e desequilíbrios ambientais como competências compartilhadas com a geografia.
Uma análise das edições mais recentes do exame indica a necessidade de o estudante atualizar-se sobre as atualidades quanto aos programas de saúde, epidemias e campanhas de vacinação, incluindo um mapeamento da disseminação de fake news a respeito da aplicação de vacinas no Brasil. Além disso, é fundamental perceber que a resolução de situações-problemas envolverá a habilidade de integrar diferentes áreas do conhecimento, como a química, a matemática e a física.
Felizmente, o Enem vem demonstrando uma elevação gradual do nível acadêmico dos itens de biologia. A ocorrência de questões com maior grau de dificuldade leva o candidato a explorar aspectos do metabolismo energético e dos desequilíbrios ambientais. Até mesmo itens com aprofundamentos conceituais da genética vêm sendo uma constante no exame. Vale ressaltar que a interpretação de texto também continuará necessária.
Por fim, mas não menos importante, é esperada em ciências da natureza e suas tecnologias a presença de itens sobre fisiologia e citologia interligados, além da habilidade de um bom generalista para analisar os itens e as questões diversas.