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Não é só de matemática, português, física ou geografia que é feita a preparação para uma grande prova. Aqueles que farão o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) devem, a essa altura, desviar um pouco a atenção da sala de aula e voltá-la para o próprio bem-estar. Em live para o Especial Enem na última quarta-feira (1;), a nutricionista Fabiani Beal trouxe dicas valiosas contra a ansiedade e pela saúde física e mental dos estudantes que se submetem à maratona de provas em 5 e 12 de novembro. A ordem é menos guloseimas e mais barras de ceral. Saem de cena os industrializados, cuja abertura de embalagem irritam o concorrente ao lado, e entram as frutas, nas quais as cascas são a embalagem provida pela natureza.
;No Enem, nem sempre os estudantes chegam preparados e precisam escolher algo que os ambulantes vendem na porta. É preciso muito cuidado nessa escolha;, afirma Fabiani Beal. Sem maior planejamento, os ansiosos de plantão apelam para salgadinhos gordurosos, refrigerantes e doces de toda espécie. Estes são eleitos pela nutricionista como os grandes vilões do exame, em função do alto teor de açúcar simples. ;Trata-se de fonte rara de energia, mas de uso muito rápido. Se o estudante não tiver se alimentado bem antes, esse açúcar proporciona um pico de hiperglicemia no organismo, que logo é aproveitada pelo cérebro e, depois, a gente entra em estado de hipoglicemia de rebote;, diz.
Tal estado, explica ela, traz fraqueza, moleza, cansaço. Para quem necessita de alto nível de atenção ao longo de 90 questões, certamente não é a melhor das escolhas de alimentação. ;Estamos falando de uma prova de horas e horas de duração. Passado o efeito do açúcar, o cérebro precisa de mais glicose para funcionar de maneira efetiva e não haverá o suficiente.;
Soluções
O ideal é preferir alimentos que provenham açúcar durante todo o processo da avaliação. Barra de cereal é uma ótima opção e é sempre vendido no portão. Chocolates, surpreendentemente, são permitidos pelos nutricionistas, mas há ressalvas. ;Aqueles com alto teor de cacau são boas fontes de triptofano, aminoácido precursor de um hormônios que auxiliam na sensação de calma e prazer. Porém, os mais comuns, como chocolate ao leite ou bolachas recheadas, não são recomendados. Quanto mais amargo, melhor.;
Fabiani Beal frisa que o foco deve ser não em alimentos que supostamente ampliem o estado de atenção dos candidatos, mas sim naqueles que não o prejudicarão física e psicologicamente. Para quem não está acostumado, estímulos extras trazidos pelo café ou energéticos, por exemplo, podem ter efeito contrário ao esperado. ;Quem tem o hábito do cafézinho, pode mantê-lo, com cautela. Já o energético, com fontes como o guaraná, acelera o metabolismo e deixa a pessoa mais ansiosa. Consequentemente, tira nosso poder de concentração.;
Café da manhã e almoço
Para aliviar o nervosismo e ter uma boa noite de sono, a nutricionista recomenda chás (de camomila, erva cidreira, capim limão, entre outros), suco de maracujá e maçã, cuja casca é eficaz no relaxamento. Para o grande dia, a dica é acordar relativamente cedo e fazer um café da manhã reforçado, mas sem gordura e com alimentos recorrentes na rotina do candidato. Tapioca, pão integral, frutas e queijos leves podem compor o cardápio matutino. ;Refrigerante de manhã nem pensar. Lembre-se que é preciso estar ;acordado; à tarde, não no início do dia;, pontua a nutricionista.
Os locais de prova do Enem abrem os portões às 12h de Brasília e fecham pontualmente às 13h. Os horários, aliados à logística de comoção nem sempre tranquila, obrigam os inscritos a se alimentarem muito cedo. Para quem opta por um lanche, sanduíche com pão integral e salada é uma boa opção. Àqueles que preferem mesmo um almoço completo, recomenda-se carne branca grelhada, legumes (de preferência crus), verduras e porção moderada de arroz. No intervalo entre primeira e segunda avaliações, que em 2017 é de uma semana, peixes como salmão e sardinha são recomendáveis, uma vez que o consumo deles estimula o cérebro nas respostas neurológicas.