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Os mistérios da matemática tomaram conta da live do Especial Enem mais uma vez. Nesta segunda-feira (2), quem esteve na redação do Correio dando dicas e respondendo perguntas foi o professor do Centro Educacional Sigma Gabriel Silva Carvalho. As provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) estão logo ali, em 5 e 12 de novembro. É preciso correr, garante o professor, mas saber administrar o tempo com sabedoria se faz necessário para não se atropelar.
;Faltando pouco mais de um mês para a prova, não é momento do aluno aprender conteúdo, mas, sim, de revisar e refinar seus instrumentos para fazer o melhor possível;, diz. Para ele, a matemática do Enem tem um ;núcleo duro; formado por quatro grandes eixos: geometria plana, geometria espacial, porcentagem e grandezas proporcionais. . Juntos, eles preenchem mais da metade da prova. ;Os conteúdos podem vir mesclados. Porcentagem cai em vários contextos, desde questões de matemática financeira (aplicados em práticas envolvendo uma empresa, por exemplo) até itens de geometria.;
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Essas são as questões garantidas na prova, mas há possíveis surpresas. ;Vale ressaltar que o número de questões de função tem crescido. Também aumentaram as perguntas de médias no ano passado, o que destoou de edições anteriores;, observou. Tradicionalmente, o Enem traz apenas uma questão de média, mas o exame de 2016 surpreendeu com quatro perguntas envolvendo o tema.
Para o candidato pegar ; nas palavras do professor ; ;as manhas da prova; e não ser surpreendido, ele sugere a leitura atenta da matriz de referência, além de executar os exercícios das edições passadas. ;Aqui em Brasília, especialmente, os alunos estão mais acostumados com o PAS, cujo conteúdo exige números complexos. No Enem, não cai dessa forma;, exemplifica.
Tempo é inimigo
Gabriel Silva Carvalho conta que, depois de realizado o Enem, sempre há aqueles que chegam dizendo: ;Professor, se eu tivesse meia-hora a mais...; Não tem. Para ficar ligado e não sair decepcionado das exaustivas 4h30 de prova, ele recomenda treinamento que simule a situação real de aplicação do exame.
Em casa, o aluno deve estudar cronometrando o tempo com que responde as indagações. A cada 30 minutos, ele precisa ter aproximadamente 12 questões feitas. Afinal, esse é o parâmetro que ele terá no dia decisivo, uma vez que o fiscal de prova avisa a cada 30 minutos o tempo transcorrido.
Feito isso, o candidato deve mapear tudo em que se saiu bem ou mal. ;O estudante notará que 70% do que não deu certo é por erro de conta e informações do texto que ele não percebeu com clareza. Os outros 30% será de conhecimento de matemática mesmo, algo que ele não sabe das matérias e deve aprender.; Assim, em uma atividade só, o candidato treina o tempo de prova, a matéria em si e ainda mapeia os pontos fracos dele.
Calculadora e texto auxiliar
Outra especificidade do Enem é a proibição do uso de calculadora. Radical, o professor do Sigma recomenda retirar completamente o instrumento da sala de aula e dos estudos em casa. ;É abolir calculadora do seu cotidiano e seu estudo. Não adianta fazer uso de recurso que não vou poder levar para o exame. Portanto, estude e faça os deveres sem usá-las. Conta é treino;, definiu.
Do mesmo modo, a boa leitura dos textos, comando e itens é fundamental para acertar as questões e ainda economizar tempo para as próximas. ;Muitas vezes, o gráfico e a tabela apresentados estão repletos de informações, mas você vai usar duas ou três delas;, disse. Além disso, o professor acredita que o método correto é fazer as questões na ordem em que elas aparecem na prova e, quando não se consegue solucionar alguma pelo grau de dificuldade ou pelo tamanho, deixá-la para o final. ;Não leve para o lado pessoal;, brincou ele. ;Tentou fazer uma vez, errou, deixa lá marcado e retorne a ela depois. Percebe-se que uma questão é difícil logo de cara, tanto pela matéria, quanto pela quantidade de contas que exige. ;