Jornal Correio Braziliense

Verão Brasília 2014

Dança reduz os riscos de doenças, eleva a autoestima e modela o corpo

Entre giros e piruetas, o corpo muda ; para melhor. Dançar modela o físico e, principalmente, contribui para o desenvolvimento mental. As academias de Brasília registram um aumento de 60% no número de alunos que querem aprender a requebrar nesta época do ano. A atividade ajuda na frequência cardíaca, na perda de calorias e pode até ser uma forma de combater a depressão.


Uma estudo, feito na Universidade da Califórnia avaliou 5 mil pessoas. Os pesquisadores constataram: dançar equivale a caminhar em uma velocidade de 8km/h, com gasto de até 300 calorias em uma hora, em um ritmo moderado. Com 20 minutos de samba, o corpo alcança a constância ideal dos batimentos do coração. E mais: combate doenças degenerativas. Estudo da escola de medicina de Harvard analisou pacientes participantes de aulas de dança e eles reconheceram melhoras nas articulações e no humor. A pesquisa acrescenta o desenvolvimento da coordenação motora, da circulação sanguínea e darespiração como benefícios.

Dois pra lá;

A advogada Natalia Martins, 32 anos, encontrou no sapateado uma maneira de relaxar e recuperar a autoestima. ;Vi na dança a oportunidade de fazer amigos e aliviar a tensão do trabalho;, conta. Há dois anos, adotou uma postura para melhorar a qualidade de vida, inclusive emagrecer ; perdeu 13kg em 50 dias com dieta e os movimentos nas aulas. ;Me sinto até mais bonita;, conta. ;Vale a pena pela sensação de bem-estar.; Agora, é só manter o peso e curtir a cidade que adotou ao deixar São Paulo. ;O calor é uma tortura. A pressão abaixa e o cansaço aumenta, mas é possível aproveitar bem as férias aqui;, considera.

; dois pra cá

A história de Anna Carolina Ferreira, 30 anos, com a dança foi intensa nos últimos quatro anos. A servidora pública procurava uma atividade em que pudesse manter o corpo ativo devido a uma epidermólise bolhosa, que consiste em uma fragilidade extrema da pele. A doença é degenerativa e causa atrofia nas articulações ; caso fique sem cuidados. Com o tempo, Carol, como gosta de ser chamada, sentiu um pouco de dificuldade com o joelho e precisava de uma atividade para trabalhar as partes do corpo. A caminhada ficou fora da lista de opções porque os exercícios não podem ser de alto impacto. ;Fisioterapia é chato. Então, pensei na possibilidade de dançar e me encantei com a dança do ventre;, diz. ;E foi muito bom porque é prazeroso, tenho contato com outras pessoas e é divertido;, explica. E o melhor: Carol teve uma melhora significativa com relação à doença. Houve também melhoria no equilíbrio, pois ela tem os pés pequenos para o corpo. Com aulas duas vezes por semana, ela também se recuperou de uma depressão, pouco depois de ter começado a fazer aulas. ;Dos poucos lugares que eu ia, era para a companhia de dança, porque lá eu me sentia bem;, diz.