Jornal Correio Braziliense

Ser Sustentável

Congresso Mundial de Parques quer mais proteção aos oceanos

Representantes de 160 países aprovaram um mapa do caminho para alcançar as metas de proteção de imensas superfícies terrestres e marítimas

O Congresso Mundial de Parques concluiu nesta quarta-feira (19/11) as deliberações em Sydney com um apelo por mais proteção aos oceanos e às paisagens terrestres. O congresso divulgou uma ;Lista Verde;, que destaca 23 áreas naturais notáveis em oito países da Ásia, Europa, África e América Latina. Também publicou a ;Lista vermelha;, de espécies ameaçadas, segundo a União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN).

O congresso, organizado pela UICN, teve a participação de representantes de 160 países, que aprovaram um mapa do caminho para alcançar as metas de proteção de imensas superfícies terrestres e marítimas.

O objetivo fixado em 2010 pela Convenção sobre a Diversidade Biológica (CDB) da ONU - que até 2020 pelo menos 17% da superfície terrestre e 10% dos oceanos integrem a rede de áreas protegidas - está perto de ser concretizado, segundo o Congresso Mundial de Parques.

Mas as ameaças sobre a biodiversidade alcançaram níveis inéditos em consequência do crescimento demográfico, do consumo e da atividade industrial, afirma o comunicado final. "Vamos acelerar a proteção das paisagens terrestres, das paisagens marítimas e dos pântanos para representar todos os locais essenciais para a preservação da natureza, em particular os oceanos", destaca o texto.

"A pesca industrial destrutiva, o aumento da temperatura dos oceanos e a poluição ameaçam o futuro do que faz o planeta viver, os oceanos", declarou Michelle Grady, da ONG americana Pez Charitable Trust. "Os santuários marinhos demonstraram que permitem aos peixes e outras formas de vida marinha regenerar-se, assim como superar os estragos das mudanças climáticas", completou.