O Brasil tem 570 corporações signatárias do Pacto Global das Nações Unidas. Como é a visão da ONU sobre o protagonismo do nosso setor privado?
Georg Kell [líder mundial do Pacto Global], por mais de uma vez, expressou seu reconhecimento pela posição estratégica das empresas brasileiras no mundo. No ano passado, crescemos em 30% o número de adesões [ao Pacto Global], e a previsão para este ano é de 20%. Tínhamos 492 companhias em 2012 e, agora, temos 570.
Como agregar os princípios de sustentabilidade nos princípios corporativos e como isso influencia no sucesso da organização?
Empresas que não têm essa base de valores devem construí-la. O ideal é criar sistemas de ação que, no dia a dia, no processo decisório, você considere esses valores. Uma empresa assim acaba tendo uma visão de longo prazo e atrai novos investidores. Os índices da Bolsa de Valores indicam que as companhias que investem em sustentabilidade têm valorização maior que as demais.
O Relatório Global de Sustentabilidade Empresarial 2013 apontou uma diferença entre o ;dizer; e o ;fazer; na responsabilidade social das organizações: 65% delas desenvolvem políticas de sustentabilidade, mas apenas 35% dos gerentes recebem treinamento para integrar o conceito nas estratégias da companhia. Por que isso acontece?
Esses números são de uma pesquisa global e, talvez, no Brasil, seja um pouco diferente. Eu vejo que cada vez mais o setor privado brasileiro participa, faz relatórios de sustentabilidade e mostra suas evoluções. O ambiente cultural favorece a colaboração e, assim, as empresas assumem a liderança.
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