A Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio%2b20), realizada no ano passado, foi um fracasso ; apesar da onda de expectativa que criou em ambientalistas, organizações não governamentais, economistas, indústria e chefes de Estado engajados. Ela não avançou nos principais pontos discutidos (economia verde e desenvolvimento sustentável), não debateu o cumprimento das convenções do clima e da biodiversidade, tampouco traçou obrigações ou metas para os países sobre a pauta ambiental.
Até mesmo o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, desejava mais ambição do documento final O futuro que queremos, mas voltou atrás no discurso de encerramento da conferência para elogiar o ;simples equilíbrio; das visões dos 193 Estados-membros das Nações Unidas. O documento final é um termo de compromissos voluntários acordado pelos países. Alguns resultados estão bem traçados ; como a definição dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável até 2015; o fortalecimento do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma); e mais de 700 compromissos firmados entre sociedade, empresas, governo e universidades, no valor de US$ 513 bilhões.