Jornal Correio Braziliense

Rio mais 20

ONU descarta possibilidade de temas controversos ficarem para 2013

Rio de Janeiro ; O diretor do Departamento de Desenvolvimento Sustentável, Assuntos Econômicos e Sociais da Conferência das Nações Unidas sobre Sustentabilidade (Rio%2b20), Nikhil Seth, rechaçou nesta sexta-feira (15/6) a hipótese de que os temas-chave em discussão e estão sem consenso serem definidos apenas em 2013. Segundo ele, as questões mais controvertidas e sem acordo serão reservadas para definição por parte dos 115 chefes de Estado e de Governo, nos próximos dias 20 a 22.

Seth negou ainda que exista uma espécie de plano B como alternativa ao texto que não tem consenso entre os negociadores. ;Não existe plano B até onde eu sei;, disse. No entanto, apesar de seu otimismo, ele reconheceu que a questão refere-se à definição de responsabilidades pelos países só será discriminada pelos líderes políticos. ;Isso será definido na reunião de alto nível;, resumiu.

[SAIBAMAIS]Seth disse que ;não está sendo discutida; a possibilidade de os temas mais polêmicos ficarem para o próximo ano. O debate sobre assuntos como a transferência de tecnologia limpa, que dividem as opiniões entre os negociadores dos países desenvolvidos e dos países em desenvolvimento, por exemplo, começa no final da tarde desta sexta-feira (15/6), com previsão de término por volta das 23h.

Há ainda mais temas divergentes, como capacitação de profissionais para a execução de programas relacionados ao desenvolvimento sustentável, além da possibilidade de fortalecimento do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) e da criação de um fundo de recursos financeiros para implementação de ações rumo ao desenvolvimento sustentável.



A proposta do fundo, defendida pelo Brasil, determina o compromisso formal de todos os países em adotar o incentivo ao desenvolvimento sustentável como meta. A ideia é que todos colaborem com recursos para obtenção de US$ 30 bilhões a partir de 2013 até chegar a US$ 100 bilhões, em 2018. Mas o Canadá, os Estados Unidos e os países europeus se opõem à ideia.