Com um tom de otimismo, o presidente francês apontou que as reuniões de cúpula da terra anteriores foram "grandes encontros de sucesso" e destacou que a França sempre manteve, independente do tom político de seus presidentes, um inalterável compromisso com a agenda destes encontros. Hollande estabeleceu "três objetivos" que devem ser alcançados no Rio: "um acesso mais equitativo, mais universal às energias renováveis, a segurança alimentar e o apoio à economia verde".
"Diante da urgência meio ambiental, estamos obrigados ao êxito", insistiu. Um relatório do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) publicado esta semana adverte que o acelerado crescimento demográfico e o consumo desenfreado estão provocando uma destruição "sem precedentes" da Terra.
"Se as estruturas atuais de produção e consumo dos recursos naturais continuarem prevalecendo, e não for feito nada inverter a tendência, os governos deverão assumir a responsabilidade de um nível de deterioração e de impacto sem precedentes no meio ambiente", advertiu o diretor do PNUMA, Achim Steiner.
O chefe de Estado francês respaldou a ideia de uma organização mundial do meio ambiente, assim como o antecessor, o conservador Nicolas Sarkozy. A agência, que se integraria ao sistema da ONU, poderia ter como sede Nairóbi, a capital do Quênia, propôs, em sinal de reconhecimento por parte da África da importância de "levar em consideração a biodiversidade e a riqueza ambiental".