A menos de duas semanas da Rio%2b20, de 13 a 22 de junho, o Brasil ainda trabalha nos bastidores para evitar que o maior evento da ONU sobre sustentabilidade não entre para a história como um duplo fracasso. O primeiro temor brasileiro antecede o evento em si, já que muitos nomes de peso anunciaram que não devem ir ao Rio de Janeiro. A segunda preocupação só terá um desfecho em 22 de junho, data de encerramento da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, quando os governantes terão que fechar um documento com os pontos em que encontraram acordo. A expectativa dos negociadores brasileiros hoje, porém, é de que esse documento final acabe formatado com conteúdo bem menos ambicioso do que o país pretende.
Na lista dos chefes de Estado ou de Governo que virão ao Rio, falta a confirmação de nomes do primeiro time do concerto internacional, como o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e a chanceler alemã, Angela Merkel. O primeiro-ministro francês, François Hollande, recém-eleito, já prometeu participar dos debates na capital fluminense. Os líderes dos Brics ; Índia, China, Rússia e África do Sul, além do Brasil ; estarão no Rio. A presidente Dilma Rousseff disse que o governo brasileiro pretende trabalhar até o último minuto para incrementar a lista de presença. O medo do Itamaraty é que o quórum contraste com o evento a que a Rio%2b20 faz referência, a Eco-92, ocorrida 20 anos atrás.