Jornal Correio Braziliense

Rio mais 20

Pesquisadores criam metodologia que mede quantidade de carbono emitida

Novo método desenvolvido por cientistas das universidades americanas de Utah e Harvard é mais barato e fornece dados mais precisos para medir emissões de dióxido de carbono (CO2) na atmosfera. Com a Rio%2b20 batendo à porta e a possibilidade de um acordo entre diversos países para estabelecer metas de redução de emissão dos gases responsáveis pelo efeito estufa, nada mais oportuno do que uma forma de controle eficiente e, o melhor: que caiba no bolso.

O biólogo Jim Ehleringer, um dos autores do estudo, explica que o grande avanço da pesquisa está na possibilidade de estimar a quantidade de gás emitida em uma cidade por meio da mensuração direta do nível de CO2 concentrado próximo ao solo. ;O método é direto, pode ser repetido e replicado com o mesmo equipamento científico em todos os países do mundo;, garante Ehleringer.

Para saber mais

Medida de emissões no Brasil


De acordo com a assessoria do Ministério da Ciência, Tecnologia e Informação (MCTI), para fazer a contabilidade dos gases de efeito de estufa no país, são utilizados diversos padrões, protocolos e metodologias de qualificações, cada um com um grau de precisão distinto. O Brasil, por ser signatário da Convenção Quadro das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas, aprovada em 1992 na sede da ONU, em Nova York, tem o compromisso de elaborar e atualizar periodicamente inventários nacionais de emissões antrópicas (relativas às atividades humanas). Para tanto, o país estabeleceu uma equipe que, sob a Coordenação do MCTI, é responsável por elaborar a Comunicação Nacional. No documento, entre outros tópicos, deve constar o inventário de emissões dos principais gases de efeito estufa (CO2,CH4, N2O) em cinco setores: energético, industrial, uso da terra e desmatamento, agropecuária e tratamento de resíduos. A última Comunicação Nacional, lançada em 2010, contou com a contribuição de mais de 1.200 especialistas e centenas de instituições.