Jornal Correio Braziliense

OsNomesDoMensalao

Pizzolato jura inocência, mas inconsistentes contas mostram o contrário

Em 2004, ano em que recebeu os recursos que o levariam à condenação no STF, Pizzolato entregou declaração de renda incompatível com o patrimônio e as despesas familiares

Apesar de jurar inocência e sustentar que encaminhou ao PT os dois pacotes que recebeu em casa, sem conferir, com R$ 326,6 mil sacados da conta de empresas de Marcos Valério em janeiro de 2004, a declaração de Imposto de Renda de Henrique Pizzolato daquele ano revela que ele não tinha rendimentos suficientes para cobrir a compra de uma cobertura, com vista para o mar, na Avenida Domingos Ferreira, em Copacabana, e as demais despesas cotidianas. A transação imobiliária ocorreu 35 dias depois de o ex-diretor do Banco do Brasil (BB) receber o dinheiro das mãos de um contínuo do fundo de pensão Previ, dos funcionários do BB. Na escritura lavrada em cartório, consta que o petista pagou R$ 400 mil pelo imóvel ; R$ 300 mil em cheque e R$ 100 mil em dinheiro vivo.



Com isso, teriam sobrado apenas R$ 55,5 mil para ele e a mulher, Andrea Haas, se sustentarem durante o ano e pagarem todas as despesas extraordinárias, como o Imposto sobre a Transmissão de Bens Imóveis (ITBI) pela compra da cobertura e os gastos com lavratura de escritura, de pelo menos R$ 10 mil. É um orçamento mensal de R$ 3,8 mil por mês (tirando esses R$ 10 mil), para cobrir todas as demais despesas do casal, com alimentação, manutenção da residência, transporte, lazer, condomínios e IPTU dos imóveis que não estavam alugados, como a mansão em Santa Catarina, a cobertura e um duplex em Copacabana, onde morava até então.

A matéria completa está disponível aqui, para assinantes. Para assinar, .