Jornal Correio Braziliense

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Joaquim Barbosa assina o mandado de prisão de João Paulo Cunha

A expectativa é de que o petista se entregue ainda nesta tarde à Polícia Federal

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, decretou na tarde desta terça-feira (4/2) a prisão do deputado federal João Paulo Cunha (PT-SP). O ofício será encaminhado à Vara de Execuções Penais (VEP) e à Polícia Federal.

João Paulo foi condenado a 9 anos e 4 meses de cadeia em regime fechado no julgamento do mensalão pelos crimes de corrupção passiva, peculato e lavagem de dinheiro. Ele cumprirá, no entanto, pena inicial de 6 anos e 4 meses em regime semiaberto pelos dois primeiros crimes. Isso porque ele terá direito a novo julgamento por lavagem de dinheiro.

A expectativa é de que o petista se entregue ainda nesta tarde à Polícia Federal. Relator da AP 470, Joaquim Barbosa havia encerrado o processo do mensalão em relação a João Paulo no dia 6 de janeiro, mas viajou de férias no dia seguinte sem que tivesse expedido o mandado de prisão do parlamentar. Ao longo do mês passado, os ministros que substituíram o presidente do STF durante o plantão - Cármen Lúcia e Ricardo Lewandowski - optaram por não decretar a prisão do petista, sob o argumento de que esta é uma atribuição exclusiva do relator do caso.

A assessoria de imprensa da Polícia Federal informou que, até as 16h desta terça, a corporação ainda não havia sido notificada sobre a prisão de João Paulo.

Advogado do petista, o criminalista Alberto Toron disse ao Correio que o parlamentar vai se entregar hoje. Ele, porém, não quis dizer o horário nem se ele irá diretamente para a Superintendência da PF, para a sede da PF ou para o Complexo Penitenciário da Papuda. Toron acrescentou que, por ora, João Paulo não cogita renunciar ao mandato de deputado, embora, segundo o advogado, isso não significa que ele possa vir a mudar de ideia.