Pedro Henry renuncia ao mandato de deputado e se entrega à polícia

O deputado federal Pedro Henry (PP-MT) renunciou ao mandato na Câmara dos Deputados, nesta sexta-feira (13/12), e se entregou à Polícia Federal. Um assessor de gabinete entregou a carta de renúncia às 12h35 na Secretaria-Geral da Câmara. Quem irá assumir o cargo do parlamentar será o deputado Roberto Dorner (PSB-MT). Pedro Henry já foi transferido para a Papuda. O advogado José Antônio Álvares disse que vai apresentar ao STF um pedido para que seu cliente seja transferido para Cuiabá, onde mora sua família. Condenado a sete anos e dois meses, pelo Supremo Tribunal Federal (STF), no processo do mensalão, Henry se apresentou na Superintendência da PF no começo da tarde. Ele deve ser transferido ainda hoje para o Complexo da Papuda. Pela manhã, o presidente do STF, Joaquim Barbosa, havia expedido o mandado de prisão contra ele. Henry responde pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Críticas ao STF Na carta de renúncia, Henry critica a decisão do STF, que o condenou a 7 anos e 2 meses de prisão, citando partes do julgamento. "Alguns ministros extraíram trechos incompletos de depoimentos. Me foi negado o duplo grau de jurisdição", reclamou. No documento, o ex-deputado destaca sua atuação parlamentar, lembrando que foi "absolvido" pelo Conselho de Ética e pelo plenário da Câmara em outra circunstância e reeleito outras duas vezes após o episódio do mensalão. "Não fugi, não me escondi e nem renunciei. Pelo contrário, colaborei e esclareci todas e quaisquer dúvidas, abri meus sigilos fiscais e bancários, expus todas as minhas particularidades", afirmou. Pedro Henry disse ainda que irá voltar a se dedicar à medicina. "Apesar de abreviar em um ano meu mandato, meu sentimento é de dever cumprido para com os matogrossenses", destacou. "Não seria este o desfecho da vida pública que eu havia planejado, mas não vou expor esta instituição (a Câmara) mais do que já se encontra exposta por este episódio. Apresento minha renúncia deste mandato em caráter irrevogável". <a href="http://publica.correiobraziliense.com.br/app/noticia/#h2href:{%22titulo%22:%22Pagina:%20capa%20mensalao%22,%22link%22:%22%22,%22pagina%22:%22288%22,%22id_site%22:%2233%22,%22modulo%22:{%22schema%22:%22%22,%22id_pk%22:%22%22,%22icon%22:%22%22,%22id_site%22:%22%22,%22id_treeapp%22:%22%22,%22titulo%22:%22%22,%22id_site_origem%22:%22%22,%22id_tree_origem%22:%22%22},%22rss%22:{%22schema%22:%22%22,%22id_site%22:%22%22},%22opcoes%22:{%22abrir%22:%22_self%22,%22largura%22:%22%22,%22altura%22:%22%22,%22center%22:%22%22,%22scroll%22:%22%22,%22origem%22:%22%22}}">Leia mais notícias no especial do mensalão [SAIBAMAIS] Mais um preso Na noite dessa quinta-feira (12/12), o ex-advogado do empresário Marcos Valério, Rogério Tolentino, se entregou na sede da Superintendência da Polícia Federal de Belo Horizonte (MG), no Bairro Gutierrez, Região Oeste da capital. Tolentino foi condenado a seis anos de dois meses de prisão.

Jornal Correio Braziliense

Pedro Henry renuncia ao mandato de deputado e se entrega à polícia

Carta de renúncia foi entregue pelo assessor de gabinete. No texto, ele criticou a decisão do STF