O ex-ministro José Dirceu, que começou a cumprir pena inicial de 7 anos e 11 meses de prisão em regime semiaberto, contou com a ajuda do empresário Paulo Masci de Abreu, dono do Saint Peter Hotel, em Brasília, para trabalhar fora da prisão como gerente administrativo do empreendimento. Abreu é amigo íntimo de Dirceu e de próceres petistas. Na carteira de trabalho ; assinada em 22 de novembro pelo empregador camarada ;, o petista vai receber R$ 20 mil por mês. O curioso é que, no organograma do Saint Peter, conforme informações repassadas pelo próprio hotel ao Correio, não existe a tal gerência administrativa. Há uma gerência geral e seis gerências setoriais, e todas se encontram ocupadas. A Vara de Execuções Penais confirmou que recebeu o pedido de trabalho externo, mas ainda não sabe informar em quanto tempo o caso será analisado.
Paulo Masci de Abreu, um dos dois donos do Saint Peter, é irmão de José Masci de Abreu, presidente do Partido Trabalhista Nacional (PTN). No questionário que respondeu para ser contratado, Dirceu responde que se candidatou à vaga de emprego ;por necessidade e por apreciar hotelaria e área administrativa.; Diz também que, nas horas de folga, gosta de ;ler, assistir a filmes e viajar;. No mesmo questionário, ele se declara católico e não fumante, diz que não tem tatuagens e que gosta de caminhar. A ficha com as perguntas foi respondida por Dirceu em 18 de novembro, três dias após a prisão.
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