Jornal Correio Braziliense

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Veja como são as celas da Papuda que abrigam os condenados do mensalão

Os 11 presos reunidos no Distrito Federal foram encaminhados ao Complexo Penitenciário da Papuda, mas a expectativa é de que aqueles com direito ao regime semiaberto sejam transferidos de unidade

Os advogados dos 11 condenados que tiveram a prisão decretada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no julgamento do mensalão e estão em Brasília esperam que, a partir de hoje, o local de cumprimento das respectivas sentenças seja adequado a cada caso. A expectativa é de que aqueles que forem cumprir pena em regime fechado, como o empresário Marcos Valério, o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares e o ex-dirigente do Banco Rural José Roberto Salgado, deverão permanecer em celas individuais na ala especial da Papuda. Já os condenados ao regime semiaberto, como o deputado José Genoino (PT-SP) e o ex-deputado Romeu Queiroz, deverão ser encaminhados ao Centro de Progressão Penitenciária (CPP), no Setor de Indústria e Abastecimento (SIA). O estabelecimento prisional é destinado especificamente a esse tipo de punição e já separou uma cela para agrupar os réus.



Simone Vasconcelos, ex-diretora financeira da agência de publicidade SMP, e Kátia Rabelo, ex-presidente do Banco Rural, que cumprirão pena em regime fechado, devem ser encaminhadas à Penitenciária Feminina do Distrito Federal, conhecida como Colmeia. Localizada no Gama, trata-se de um estabelecimento de segurança média destinada ao recolhimento de sentenciadas a cumprimento de pena privativa de liberdade em regime fechado e semiaberto, assim como de presas provisórias que aguardam julgamento pelo Poder Judiciário.

O grande problema é que os três presídios da capital federal encontram-se hoje com capacidade total esgotada. A Papuda comporta cerca de 5 mil pessoas, mas abriga aproximadamente 9 mil. O CPP, com carga total de 1,1 mil, tem, atualmente, 1.350 detentos. Já a Colmeia, com lotação de 504 mulheres, conta com uma população carcerária de 780 pessoas. Os defensores dos condenados querem levar os clientes à prisão domiciliar com base no argumento de que há superlotação carcerária.