Com o julgamento do mensalão reaberto, depois que o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu aceitar os embargos infringentes, que podem beneficiar até 12 réus, a imagem da mais alta Corte do país, antes incensada pela opinião pública como a última esperança de combate à impunidade, sai maculada. Até quem concorda com o cabimento dos novos recursos reconhece que, mesmo momentaneamente, a popularidade da instituição e de muitos dos seus 11 ministros alçados ao status de heróis sofrerá um revés diante da população. O episódio reforça a sensação de que a Justiça é mais complacente com os ricos e poderosos, afirmam especialistas ouvidos pelo Correio.
[SAIBAMAIS]Antônio Flávio Testa, cientista político e professor da Universidade de Brasília (UnB), não tem dúvida da descrença das pessoas. ;A maioria da população não está mais acompanhando, perdeu o interesse, ou seja, está desacreditada. Pode haver um desgaste momentâneo da justiça. E o principal é que fica de fato confirmado que a Justiça brasileira dá tratamentos desiguais. É um tratamento exclusivo para elite, mas extremamente dura e cruel com os pobres e os não poderosos. Isso é uma constatação que ficou agora evidente.;
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