Aposentado do Banco Rural desde novembro de 2010, José Roberto relata uma escalada de problemas na instituição ; morte de dirigentes, instabilidade do mercado financeiro e denúncia do mensalão, entre outros ;, que começou em fevereiro de 1998, com o acidente que vitimou, num desastre de helicóptero, a então presidente do banco, Júnia Rabello. Com a perda, a direção do banco foi ocupada pelo pai de Júnia, Sabino Rabello, o maior acionista, e as funções executivas ficaram a cargo de José Augusto Dumont. No entanto, Dumont morreu em abril de 2004 e Sabino, menos de um ano depois, em janeiro de 2005. ;Dessa forma, a filha do maior acionista do banco, Kátia Rabello, assumiu o cargo, decidida a profissionalizar a instituição. Eu fui para a vice-presidência de Operações e Ayanna Tenório, absolvida pelo STF, para a gestão administrativa. Fui bancário a vida inteira, nunca banqueiro.;
José Roberto explica que, de 2004 em diante, a situação ficou difícil e ele ficou ;apagando incêndio, principalmente porque o banco despencava de uma carteira de crédito de R$ 5 bilhões para R$ 500 milhões em decorrência da quebra do Banco Santos e da crise do mensalão;. Portanto, acrescenta, em um período de pouco mais de um ano, entre 2004 e as denúncias do mensalão, conta José Roberto, afora todas as complicações, ;ocorreu a crise do Banco Santos, que gerou instabilidade no mercado de pequenos e médios bancos;.