Já Genoino foi condenado a dois anos e três meses por formação de quadrilha e cinco anos e três meses por corrupção ativa. Depois de dois anos e três meses, ele pode obter liberdade condicional e se livrar das noites na prisão. No caso do petista, o relator acabou mudando o voto, que inicialmente era por cinco anos e três meses de reclusão por corrupção ativa, e aderindo ao cálculo da ministra Rosa Weber, que foi seguida pela maioria dos colegas. O petista deve pagar R$ 468 mil (180 dias-multa, no valor de 10 salários mínimos da época).
Toffoli divergiu do relator e votou por pena de dois anos e oito meses de reclusão, mas declarou extinta a punição ao petista, já que, pelos cálculos dele, o crime estaria prescrito. Ninguém acompanhou o voto de Toffoli. ;A corrupção de um líder de bancada tem por consequência a lesão à democracia, caracterizada pelo diálogo de opiniões;, afirmou Barbosa.
As penas definidas aos dois foram similares à do operador Marcos Valério no crime de formação de quadrilha, pelo qual o empresário recebeu dois anos e 11 meses de reclusão. Na corrupção ativa, foram parecidas as punições de Genoino e Valério (quatro anos e um mês), sendo a de Delúbio dois anos maior.
Financeiro
Os ministros dedicaram o fim da sessão à votação das penas do núcleo financeiro, mas terminaram com a definição apenas para a ex-presidente do Banco Rural Kátia Rabello a 16 anos e oito meses de prisão. A maior pena foi de crime de lavagem de dinheiro (cinco anos e 10 meses). Foram quatro anos e sete meses por evasão de divisas, quatro anos por gestão fraudulenta e dois anos e três meses por formação de quadrilha. As multas aplicadas ficam em cerca de R$ 1,5 milhão. O julgamento será retomado amanhã.