O julgamento da ação penal 470, que trata da denúncia do mensalão, passou para a próxima fase na tarde desta quinta-feira (30/8).O último a ler seu voto sobre o capítulo três da denúncia foi o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ayres Britto.
Em seguida, o minstro relator do processo, Joaquim Barbosa, retomou a fala para expor a denúncia relativa ao item cinco, que trata de gestão fraudulanta de instituição financeira. Os réus são: Kátia Rabello, ex-presidente do Banco Rural, José Salgado, ex-diretor do banco, Ayanna Tenócio, vice-presidente do grupo e o ex-diretor, Vinícius Samarane.
O item anterior da denúncia tratava dos desvios de dinheiro público pelos réus João Paulo Cunha, ex-presidente da Câmara dos Deputados na época do mensalão, o publicitário Marcos Valério, seus sócios Ramon hollerbach e Cristiano Paz, e do ex-diretor de marketing do Banco do Brasil, Henrique Pizzolato.
Até o momento, a maioria dos ministros votou pela condenação do réu João Paulo Cunha por corrupção passiva (nove ministros), peculato por irregularidades na execução do contrato da agência SMP com a Câmara (nove) e por lavagem de dinheiro (seis).
[SAIBAMAIS]A maioria (seis ministros) votou pela absolvição de João Paulo do segundo peculato, relativo à contratação da empresa IFT ; Ideias, Fatos e Texto para prestação de serviços de assessoria de imprensa. No mesmo item, a maioria dos ministros (nove) votou pela condenação dos sócios da SMP (Marcos Valério, Ramon Hollerbach e Cristiano Paz) corrupção ativa e peculato, segundo o STF.
No ponto relativo a desvios de recursos no Banco do Brasil, todos votaram, até o momento, pela condenação de Henrique Pizzolato por corrupção passiva e peculato e, por maioria (nove), por lavagem de dinheiro, e pela condenação dos sócios da DNA Propaganda (Valério, Ramon Hollerbach e Cristiano Paz) por corrupção ativa e peculato.
Os ministros que se manifestaram até agora votaram pela absolvição de Luiz Gushiken, ex-ministro-chefe da Secretaria de Comunicação e Gestão Estratégica da Presidência da República, por ausência de provas.