Expectativa
[SAIBAMAIS]Depois de João Paulo Cunha, o Supremo vai analisar a conduta do ex-diretor de marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato. Segundo a denúncia, ele teria recebido R$ 326 mil de Marcos Valério. A defesa garantiu que o ex-diretor da instituição recebeu o dinheiro em um pacote fechado, sem saber seu conteúdo, e o entregou a um representante do PT. A Procuradoria Geral da República apontou na denúncia Pizzolato como o responsável pela liberação de R$ 73 milhões da empresa Visanet, ligada ao Banco do Brasil, à DNA Propaganda, de Marcos Valério. O advogado de Pizzolato garantiu no Supremo que todas as decisões do Banco do Brasil são colegiadas e que o ex-diretor não teria autonomia para ordenar pagamentos sem consultar a cúpula. O grande debate desse capítulo da denúncia é se o dinheiro que circulou entre a Visanet e a DNA Propaganda era público. A defesa alega que a Visanet é uma empresa estritamente privada. O MP assegura que o dinheiro é público.
Representante de Pizzolato, o advogado Marthius Sávio Lobato está na expectativa de que seu cliente seja o segundo a ser julgado pelo Supremo. ;Só não sei se vai ser ainda esta semana ou só na semana que vem;, comenta Lobato. Assim como outros advogados de réus do mensalão, ele critica o método do julgamento acatado pelo STF. ;Essa forma de analisar a questão confirma a denúncia e não leva em consideração o que foi apresentado pelas defesas;, argumentou Lobato.