Após mais de quatro horas de leitura de seu voto, o ministro relator Joaquim Barbosa afirmou, no início da noite desta quinta-feira (16/8), ao Supremo Tribunal Federal, que houve fraude nas contratações e nas negociações da Câmara dos Deputados e de empresas como a SMP. ;Houve dolo no desvio de recursos públicos por parte de João Paulo Cunha;, afirmou.
Para Barbosa, João Paulo Cunha, que na época do mensalão era presidente da Câmara, Marcos Valério, e seus sócios Ramon Hollerbach e Cristiano Paz, são culpados de desvio de dinheiro. Ele condenou João Paulo Cunha por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Segundo o relator, ele recebeu vantagem indevida de R$ 50 mil, utilizando-se do crime de lavagem.
Além disso, ele também foi condenado por Barbosa por dois crimes de peculato, mediante autorizações de subcontratações da SMP. Para o relator, ele desviou recursos públicos que tinha posse pelo fato de ser presidente da Câmara, em proveito de Marcos Valério e seus sócios, Cristiano Paz e Ramon Hollerbach.
[SAIBAMAIS]Marcos Valério, Ramon e Cristiano Paz foram condenados por Barbosa por corrupção ativa e peculato. De acordo com o relator, eles ofereceram vantagem indevida a João Paulo Cunha e "desviaram recursos da Câmara em proveito próprio, cientes de que a agência foi remunerada quase que exclusivamente pela própria SMP".