O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, diz que as provas colhidas confirmam três fatos relevantes: primeiro, o acusado pediu dinheiro a Delúbio Soares; segundo, Delúbio Soares, atendendo ao pedido do acusado, falou com Marcos Valério que disponibilizou os recursos; terceiro, o acusado mantinha contatos constantes com Marcos Valério, pessoais e por telefone.
Considerando que a atuação de Marcos Valério com os políticos tinha por finalidade a distribuição de dinheiro, não se pode entender esses contatos constantes senão com o objetivo de conseguir dinheiro, conforme entendimento do MPF.
Segundo Bottini, não há elemento que corrobore a participação de Luizinho nos fatos. Por fim, o advogado afirmou que o réu foi denunciado por ser político. "Criou-se um mito demoníaco de que ser político é ser desonesto", sustentou.
[SAIBAMAIS]A companheira do ministro do STF, Antonio Dias Toffoli, Roberta Rangel, foi advogada de professor Luizinho, mas deixou o caso. A situação causou polêmica em relação à participação de Dias Tóffoli no julgamento do mensalão na Corte. O ministro, entretanto, não se considerou suspeito e continuou atuando na ação.