Os ministros do Supremo Tribunal Federal começaram a ouvir, às 18h desta sexta-feira (10/8), a defesa de Jacinto de Souza Lamas, que na época do mensalão era tesoureito do PL e, segundo acusação, recebeu valores ilícitos em nome de Valdemar da Costa Neto.
[SAIBAMAIS]Além disso, segundo a acusação, ele teria participado do contrato de fachada com a empresa Garanhuns para dissimular os repasses ao partido. Lamas responde pelos crimes de formação de quadrilha, corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
Em sua sustentação, o advogado Délio Lins e Silva afirmou que se o ;mensalão existiu, Jacinto Lamas não participou;. Anteriormente, ele afirmou que deixaria para os ministros decidirem se o esquema existiu, ou não. ;Se o mensalão existiu, ou não, eu deixo para que vossas excelências decidam;, ressalta.
Segundo a defesa, as provas do Ministério Público indicam que Jacinto não teve participação com o esquema do mensalão. "Balela, senhores ministros, falácia", disse o advogado aos ministros sobre uma reportagem que trazia uma mansão de Jacinto Lamas
Silva segue a defesa explicando quem era Lamas no Partido Liberal. O advogado diz aos ministros que ele era um ;homem de confiança de Valdemar da Costa Neto;. Simultaneamente, sustenta que saques bancários foram feitos por ordem de Valdemar, ;sem que ele soubesse a origem, ou muito menos a destinação dos valores;.
Silva afirmou no plenário do STF que quem mandava no PL era Valdemar da Costa Neto e que era o deputado quem controlava a ;compra, ou a venda de um café, ou até as votações no sentido de A e B;. ;Jacinto era um zero a esquerda em termos políticos. Jacinto colocava ali sua assinatura quando precisava;. E completou: ;Jacinto não recebeu um tostão furado nesse suposto esquema;.
Após explicar o papel de Jacinto Lamas no PL na época do mensalão, o advogado criticou ausência de critério do Ministério Público e questionou ;Por que é tão fácil acreditar no presidente Lula quando ele diz que de nada sabia, e é tão difícil acreditar em Jacinto quando ele diz que nada sabia?;