[SAIBAMAIS]Logo no início da sua sustentação, Córdoba afirmou que acredita em um resultado absolutamente isento do STF e que ;assim Carlos Alberto Quaglia terá um julgamento justo;. Pela primeira vez no julgamento do mensalão, um defensor publico faz a sustentação de um dos réus.
Durante a sustentação, Córdova alegou que houve cerceamento da defesa do seu cliente Carlos Alberto Quaglia. Além disso, assim como o advogado anterior, Guilherme Alfredo de Moraes Nostre, a defesa afirmou que Quaglia ;sequer conhecia qualquer um dos políticos;.
No início, os ministros interromperam a sustentação para perguntar quando Quaglia trocou de advogado e houve uma conversa sobre o assunto. Mais uma vez, foi defendido o desmembramento do processo.
Durante sua defesa, Córdoba lembrou que, em depoimento, Marcos Valério afirmou que não conhecia Quaglia, assim como os demais parlamentares que receberam o dinheiro. "Defender um inocente muitas vezes é mais difícil do que defender um culpado".
De acordo com a acusação do MPF, o PP recebeu R$ 1,2 milhão por meio das corretoras Natimar e Bônus-Banval. Para Córdova, o Ministério Público Federal (MPF) tem de provar, na Suprema Corte, que todo esse dinheiro foi lavado, pois foram feitas sete transferências que totalizam 6% do total repassado, ou seja, R$ 87 mil. O defensor criticou a alegação final do MPF, que passou a responsabilidade de julgar outras transferências feitas pela Natimar a outras instâncias do Poder Judiciário.
;O MPF teria de provar aqui, nesta instância, a utilização desse total de R$1,2 milhão para lavagem de dinheiro. Ele [MPF] consegue chegar a 6% e fala para Vossas Excelências [os ministros do STF] que os demais [recursos] serão julgados em outras instâncias. Entendo que Vosssas Excelências não podem aceitar que 6% da prova estejam aqui e 94% estejam fora;, argumentou Córdova, defendendo o desdobramento da ação.
Segundo o defensor, o empresário acredita que foi envolvido "maliciosamente" no esquema de lavagem de dinheiro. Córdova lembrou ainda que, em depoimento à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Correios, Quaglia confirmou que nunca conheceu o publicitário Marcos Valério ou os parlamentares do PP envolvidos com o mensalão. "Ele disse que foi usado. Ele não fez parte de nenhuma lavagem de dinheiro.