PARIS - A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) rendeu nesta quinta-feira (6/12) em Paris um tributo ao arquiteto brasileiro Oscar Niemeyer, um "artista universal" e "um imenso humanista".
Niemeyer foi, além de "fundador da arquitetura moderna", um "fervoroso defensor da humanidade", declarou a diretora-geral da Unesco, Irina Bokova, em um comunicado no qual saudou a memória do arquiteto brasileiro, falecido na quarta-feira (5/12) aos 104 anos no Rio de Janeiro.
Niemeyer "atravessou o século e merece o título de artista universal", declarou Bokova, que lembrou que uma de suas obras-primas, Brasília, foi inscrita no Patrimônio Mundial da Unesco em 1987.
A organização internacional destacou, em particular, o compromisso de Niemeyer, "convencido de que a arquitetura, antes de ser uma das belas artes, deve contribuir concretamente para se viver melhor na cidade", assim como sua vontade de "encarnar valores de inclusão, solidariedade e cooperação".
Por sua vez, a pedido do Brasil, o Comitê Intergovernamental para a Salvaguarda do Patrimônio Imaterial da Humanidade, reunido nesta quinta-feira (6/12) em Paris para examinar candidaturas para sua lista representativa de patrimônio intangível, guardou um minuto de silêncio em memória do grande arquiteto, que será sepultado na sexta-feira (7/12) no Rio, depois de ser velado em Brasília.