- A razão é inimiga da imaginação. Às vezes, você tem de botar a razão de lado e fazer uma coisa bonita.
- A Arquitetura não muda nada. Está sempre do lado dos mais ricos. O importante é acreditar que a vida pode ser melhor
- A gente precisa sentir que a vida é importante, que é preciso haver fantasia para poder viver um pouco melhor.
- A gente tem que sonhar, senão as coisas não acontecem.
- A vida é importante; a arquitetura não é. Até é bom saber das coisas da cultura, da pintura, da arte. Mas não é essencial. Essencial é o bom comportamento do homem diante da vida.
- Cem anos é uma bobagem. Depois dos 70 a gente começa a se despedir dos amigos. O que vale é a vida inteira, cada minuto também, e acho que passei bem por ela.
- Como explicar que cruzar os braços é um problema e que a vida dura só um minuto?
- Eu diria que sou um ser humano como outro qualquer, que vim. Deixo a minha pequena história que vai desaparecer como todas as outras.
- Fiz o que quis. Juscelino Kubitschek nunca me disse para projetar cúpulas no Congresso, rampa no Planalto, parlatório - Até que ficou direitinho. Se não houvesse parlatório, os presidentes ficariam acenando para o povo de uma janela, como se fossem papas. Seria ridículo.
- Lembro, com prazer, que desenhei as colunas do Palácio da Alvorada, e com prazer maior ainda as vi depois repetidas por toda parte. Era a surpresa arquitetural contrastando com a monotonia existente.
- Lembro-me da noite em que Fidel esteve em meu escritório. Convidei amigos e, à meia-noite, quando ele ia embora, o elevador enguiçou. Para pegar o outro, ele teve de passar pelo apartamento de um vizinho, que até hoje conta essa ocorrência com certo orgulho. Dá para imaginar o susto do casal ao abrir a porta e dar de cara com o Fidel? O único comunista que mora nesse prédio sou eu. Mas, quando Fidel saiu, o edifício todo estava iluminado e o pessoal batendo palmas. Dizem que é preciso a noite para surgir o dia, e foi isso que aconteceu com Cuba.
- Na rua, protestando, é que a gente transforma o país.
- Nem os meus amigos, que me ajudaram muito, como o JK, entendiam. As pessoas viam os projetos e diziam: que bonito! Mas não estavam entendendo nada.
- Nossa passagem pela vida é rápida. Cada um vem, conta sua história, vai embora e depois ela será apagada para sempre. A vida continua.
- Não acredito em momento de glória: somos insignificantes demais para pensar nessas coisas.
- O ruim de Brasília é que quando a gente chega lá percebe que a cidade está inacabada.
- Quando alguém vai à Brasília, eu pergunto se viu o Congresso Nacional, e pergunto, depois, se gostou; se achou que o projeto era bom. Certo de que poderia ter gostado ou não, mas que nunca poderia dizer que tinha visto antes coisa parecida.
- Quando uma forma cria beleza tem na beleza sua própria justificativa.
- Se a reta é o caminho mais curto entre dois pontos, a curva é o que faz o concreto buscar o infinito.