Pequim - A China, que não tem relações diplomáticas com o Vaticano, felicitou nesta quinta-feira (14/3) o papa Francisco por sua eleição e destacou que espera da Santa Sé uma "atitude flexível e pragmática" para melhorar as relações.
"Felicitamos o cardeal Bergoglio por sua eleição como novo Papa", declarou a porta-voz do ministério chinês das Relações Exteriores, Hua Chunying. "Esperamos que, sob a direção do novo Papa, o Vaticano adote uma atitude flexível e pragmática para criar as condições de uma melhoria nas relações entre a China e o Vaticano", disse Hua. "O governo chinês é sincero em sua vontade de normalizar as relações", completou.
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Ao mesmo tempo, no entanto, a porta-voz chinesa reiterou as exigências tradicionais de Pequim, incluindo a ruptura de relações diplomáticas do Vaticano com Taiwan e a não interferência da Santa Sé nos "assuntos internos da China, inclusive sob o pretexto da religião". A China não aceita que o Vaticano controle a ordenação dos bispos, o que constitui uma fonte regular de conflitos.
Os católicos chineses - 5,7 milhões segundo as estatísticas oficiais, 12 milhões de acordo com fontes independentes - estão divididos entre uma igreja oficial, a Associação Patriótica, subordinada ao poder comunista, e uma igreja "subterrânea" que obedece ao Vaticano. Em 2007, Bento XVI enviou uma carta histórica aos católicos chineses na qual pedia ao governo da China a liberdade de culto dos católicos e o reconhecimento de que pertencem à Igreja.
Em troca, Bento XVI se comprometia a que a Igreja respeitaria a autonomia das decisões políticas do regime chinês. As relações entre o Vaticano e a China ficaram tensas novamente em 2010, quando a Associação Patriótica ordenou vários bispos sem o consentimento do Papa.
"Felicitamos o cardeal Bergoglio por sua eleição como novo Papa", declarou a porta-voz do ministério chinês das Relações Exteriores, Hua Chunying. "Esperamos que, sob a direção do novo Papa, o Vaticano adote uma atitude flexível e pragmática para criar as condições de uma melhoria nas relações entre a China e o Vaticano", disse Hua. "O governo chinês é sincero em sua vontade de normalizar as relações", completou.
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Ao mesmo tempo, no entanto, a porta-voz chinesa reiterou as exigências tradicionais de Pequim, incluindo a ruptura de relações diplomáticas do Vaticano com Taiwan e a não interferência da Santa Sé nos "assuntos internos da China, inclusive sob o pretexto da religião". A China não aceita que o Vaticano controle a ordenação dos bispos, o que constitui uma fonte regular de conflitos.
Os católicos chineses - 5,7 milhões segundo as estatísticas oficiais, 12 milhões de acordo com fontes independentes - estão divididos entre uma igreja oficial, a Associação Patriótica, subordinada ao poder comunista, e uma igreja "subterrânea" que obedece ao Vaticano. Em 2007, Bento XVI enviou uma carta histórica aos católicos chineses na qual pedia ao governo da China a liberdade de culto dos católicos e o reconhecimento de que pertencem à Igreja.
Em troca, Bento XVI se comprometia a que a Igreja respeitaria a autonomia das decisões políticas do regime chinês. As relações entre o Vaticano e a China ficaram tensas novamente em 2010, quando a Associação Patriótica ordenou vários bispos sem o consentimento do Papa.