Rio de Janeiro ; Com a mudança dos eventos religiosos do Campus Fidei (Campo da Fé), em Guaratiba, para Copacabana, o bairro terá desta sexta-feira (26/7) até domingo (28/7) um esquema especial de trânsito. A previsão dos organizadores é que mais de 1 milhão de fiéis estarão presentes na Praia de Copacabana em cada dia da Jornada Mundial da Juventude (JMJ).
;Copacabana terá cinco réveillons em uma semana;, disse o prefeito do Rio, Eduardo Paes, para explicar que basicamente será montado o mesmo esquema de trânsito usado na festa de passagem de ano no bairro. O prefeito pediu desculpas aos moradores e compreensão com a mudança no trânsito e com a segurança que será montado no local até domingo.
O impacto no tráfego da região, com vias interditadas, será sentido até o centro da cidade. A partir da meia-noite de hoje, o Aterro do Flamengo será fechado para automóveis. No local, será instalado um posto de distribuição dos kits da JMJ destinados aos peregrinos inscritos na vigília. A entrega será em frente ao Monumento aos Pracinhas, das 7h às 21h.
Leia mais notícias em Jornada Mundial da Juventude
Às 7h de sábado, serão fechadas as avenidas República do Chile e Rio Branco e as ruas Senador Dantas, Evaristo da Veiga, do Lavradio e dos Arcos, no centro, para a passagem do papa Francisco, que sairá da Catedral Metropolitana até o Theatro Municipal. Toda a região ficará bloqueada ao tráfego de veículos não autorizados até as 11h.
Também às 7h, começa a peregrinação de 9,5 quilômetros. Os fiéis sairão da Central do Brasil em direção a Copacabana. Uma das faixas da Avenida Presidente Vargas, toda a Avenida Rio Branco, uma das pistas do Aterro do Flamengo e da Enseada de Botafogo e as avenidas Lauro Sodré, Princesa Isabel e Atlântica estarão interditadas ao trânsito.
Até meio-dia, o acesso a Copacabana pode ser feito de carro pela Rua da Passagem e uma faixa da Lauro Sodré. A partir desse horário, todos os acessos serão fechados ao tráfego de veículos e só será possível entrar em Copacabana a pé ou de metrô. A liberação total do bairro ao trânsito ocorrerá às 19h de domingo.
Toda a rota da peregrinação estará sinalizada e contará com postos médicos. O acesso ao Aeroporto Santos Dumont, no centro, está garantido, mas a prefeitura pede que as pessoas saiam mais cedo de casa para evitar transtorno.
Não será permitido o estacionamento de ônibus fretados na Enseada de Botafogo. Eles só poderão ficar no bolsão reservado na Ilha do Fundão, na zona norte, de onde ônibus de linha levarão os fiéis até a Central do Brasil, para iniciar a peregrinação.
A vigília de oração com o papa Francisco está prevista para 19h30 de sábado (27/7). Será permitido o pernoite na Praia de Copacabana, mas sem a montagem de barracas. Para quem optar por voltar para casa, a partir das 21h serão disponibilizados ônibus em pontos na Enseada de Botafogo e em Ipanema. A missa final na JMJ será às 10h de domingo, também com a presença do papa Francisco.
Os sistemas de metrô, trem e ônibus funcionarão 24h no fim de semana. As estações Presidente Vargas, Cinelândia, Catete e Cantagalo do metrô ficarão fechadas durante todo o fim de semana para facilitar o fluxo em direção a Copacabana e as demais terão controle de fluxo e acesso apenas pela entrada principal. Como não houve tempo para planejar a fabricação e venda dos cartões especiais com horários determinados, todos os cartões do sistema serão aceitos, inclusive o cartão peregrino.
Para os fiéis que estão hospedados em Guaratiba, onde seria a vigília, a recomendação é ir de trem até a Central do Brasil, pegando ônibus para chegar às estações. O BRT (bus rapid transit) da Transoeste também será reforçado.
O prefeito Eduardo Paes pediu a compreensão da população, principalmente dos moradores de Copacabana. ;Nós sabemos dos constrangimentos, das restrições que isso gera para os moradores de Copacabana, vamos buscar dar o máximo de condições e atenção para os moradores terem minimizado os impactos dessa decisão da transferência da vigília e da peregrinação da zona oeste aqui para Copacabana;. De acordo com ele, será pedido que as forças de segurança flexibilizem a passagem dos moradores nos bloqueios.