As mudanças no trânsito ; que ocorrem de quinta-feira (25/7) até sábado (26/7) ; prejudicaram o empresário João Cruz que não tem garagem para guardar o carro e não pode estacioná-lo na rua onde mora, em Copacabana. ;É um absurdo. Se fosse por um dia, ainda vai, mas uma semana sem poder estacionar o carro perto de casa é demais. Fora o trânsito horrível e a dificuldade de entrar e sair do bairro.;
A moradora e dona de um estabelecimento no final do Leme, bairro vizinho de Copacabana, Flávia Torga se disse frustrada. Como o estabelecimento fica longe do local do show, ela não teve aumento de vendas e ainda não tem onde estacionar o carro. ;Comprei um estoque imenso, porque falaram que vinha um milhão pessoas, mas para cá não chegou ninguém, inclusive ontem fechei mais cedo. E estou tendo que deixar o carro em Botafogo e vir para cá de táxi;, contou.
Já a gerente de uma pizzaria no bairro do Leme, próximo ao palco principal, Márcio Vinícios, disse que o movimento está além das expectativas. ;Está muito bom mesmo. Um aumento de quase 50%;, comemorou.
[SAIBAMAIS]As filas enormes em praticamente todos bares e restaurantes do local evidenciam o sucesso de público. Alguns estabelecimentos fizeram reajustes de preços em alguns produtos para faturar mais nesta semana. Uma filial de uma rede de lanchonetes nacional subiu os preços dos sanduíches e alguns restaurantes criaram um cardápio especial para os peregrinos. Os altos preços são motivo de reclamações de turistas e moradores.
;São filas imensas na porta, aumento de preço, que não é grande, mas existe. Os moradores acabam não pagando; informou o engenheiro civil Sailton Moreira de Araújo, morador de Copacabana, que alegou que faltarão produtos alimetícios nos estabelecimentos comerciais com a transferência de mais dois eventos da JMJ no fim de semana.
O ambulante credenciado para vender mercadorias no encontro Itamar Sousa Pereira diz que a multidão não é sinônimo de boas vendas. ;É uma galera jovem que consome muito pouco. Não é como aqueles que consomem mais, que bebem cerveja.;
Jaime Endebo, morador do Leme, também reclamou do ônus de morar perto da orla. ;Toda vez que têm esses eventos no Rio, eles aumentam os preços, além do incômodo de ficar em fila, dificuldade de se locomover e o barulho, porque ontem o evento acabou depois das 23h e não consegui dormir;, queixou-se. ;Não entendo por que tudo tem que ser concentrado aqui, com tanta orla nesta cidade;.