O ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, disse nesta quinta-feira (25/7) que a decisão de transferir para a Praia de Copacabana, a vigília, no sábado (27/7), e a missa de encerramento da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), no domingo (28/7), no Campus Fidei (Campo da Fé) em Guaratiba, zona oeste da capital fluminense, foi tomada para preservar principalmente a saúde dos peregrinos.
%u201CA condição era grave, tivemos uma experiência dura agora em Aparecida, onde muitas pessoas foram internadas com hipotermia. Isso também nos alertou muito. Em torno de 40 pessoas foram internadas em Aparecida, porque passaram a noite naquela fila de espera para entrar na basílica, com um frio de 3 graus Celsius, era chuva a noite inteira. Em Guaratiba, mesmo havendo agora dois dias de sol, ficaria muito evidente que teria uma grande umidade no terreno. O risco do pessoal contrair massivamente algum tipo de doença, foi também uma razão forte que pesou. Isso nos alertou para não submeter as pessoas à mesma situação%u201D, disse o ministro.
Técnicos da prefeitura do Rio estiveram no Campo da Fé, avaliando as condições do terreno e, após reunião do prefeito Eduardo Paes com a organização da JMJ, com os ministros da Justiça, José Eduardo Cardozo, e o ministro Gilberto Carvalho, foi decidida a mudança.
O ministro José Eduardo Cardozo, informou que toda a logística montada para os eventos em Guaratiba será transferida para Copacabana. Avaliações estão sendo feitas para decidir possíveis adaptações. %u201CEstamos adaptando o mesmo plano de Copacabana para a nova realidade. Temos um diálogo com o secretário Beltrame [Secretário de Segurança do Rio, José Mariano Beltrame] justamente para que possamos fazer os ajustes, mas as linhas do plano de segurança serão os mesmos%u201D, disse Cardozo.
Para o representante da JMJ, dom Paulo Costa , que faz parte do comitê organizador da vinda do papa ao Rio de Janeiro, fazer o evento em Guaratiba nas atuais condições seria uma irresponsabilidade. %u201CNós não poderíamos comprometer a beleza da jornada e também a beleza da visita do papa Francisco, levando a juventude ali para Guaratiba, mediante a situação que se encontra o Campus Fidei, mediante a situação das chuvas que aconteceram".
Segundo dom Paulo, tirar os eventos de Guaratiba para Copacabana foi uma decisão complicada. %u201CFoi uma decisão difícil, depois de ouvirmos os técnicos e os três setores do governo, porém uma decisão muito responsável, levando em conta a questão da segurança, das pessoas, dos peregrinos, a questão da saúde. Tenho certeza que todos entenderão e colaborarão. Seríamos irresponsáveis se não tomássemos esta decisão%u201D, disse.