(JMJ), aberta oficialmente nesta terça-feira (23/7) no Rio, estão gastando além do previsto, disse à Agência Brasil o economista Daniel Plá, professor de varejo da Fundação Getulio Vargas. Para ele, no entanto, ;o verdadeiro dia das compras; dos peregrinos será nesta quarta-feira (24/7), véspera dos feriados decretados pela prefeitura do Rio para quinta e sexta-feira (25/7 e 26/7) por causa do evento. A jornada é o primeiro compromisso do papa Francisco no exterior.
Os feriados valem para escolas, repartições públicas e bancos, além de órgãos do Judiciário, ;mas o comércio funcionará normalmente;, ressaltou Daniel Plá. "Amanhã é o Dia D. O comércio vai poder dizer se [a decretação dos feriados] compensou, ou não, essa onda de manifestações, que afastaram o consumidor.;
De acordo com o economista, os pequenos comerciantes e, principalmente as bancas de jornais, ;estão vendendo três vezes mais do que venderam na Copa das Confederações, em junho;. Ele estimou que os produtos que não saíram durante a Copa das Confederações devem terminar até a próxima sexta-feira (26/7).
No entanto, observou o economista, o gasto médio por peregrino não é significativo, girando em torno de R$ 20 a R$ 50. ;Mas o volume de pessoas [participando da jornada] é grande;. Considerando pelo menos 400 mil peregrinos indo às compras, Daniel Plá calculou que o movimento no comércio poderá atingir R$ 120 milhões durante o evento, que vai até o próximo domingo (28/7). Segundo ele, além de artigos religiosos, camisetas, bonés, chaveiros e lembranças do Rio de Janeiro, cresce a venda de sandálias de dedo e de cachaça brasileira.
O presidente da Sociedade dos Amigos da Rua da Alfândega e Adjacências (Saara), Ênio Bittencourt, disse que os peregrinos compram coisas baratas. "Às vezes, grupos de 20 ou 30 pessoas compram mais um pouquinho.; Na Saara, maior shopping center a céu aberto do estado do Rio, o gasto médio por pessoa varia entre R$ 50 e R$ 70. Camisetas estampadas com a imagem do papa Francisco e da própria Jornada Mundial da Juventude são campeãs de vendas no local.
Na parte de alimentação, é grande a procura por estabelecimentos do tipo fast food (comida rápida) ou a quilo, nos quais formam-se grandes filas, com os clientes aguardando, às vezes, na calçada. Na última quinta-feira (22/7), por exemplo, na comunidade do Pavão-Pavãozinho, em Copacabana, um restaurante recebeu cerca de 50 peregrinos de Moçambique e da Guiné-Bissau. Com isso, em um dia, o restaurante vendeu o equivalente ao que fatura em uma semana inteira.