Jornal Correio Braziliense

Jonh F. Kennedy

Obama e Clinton reconhecem influência de Kennedy na carreira política deles

Os americanos se preparam para lembrar amanhã meio século do assassinato que marcou a história recente dos Estados Unidos

Herdeiros de uma era pós-JFK, o presidente Barack Obama e o ex-presidente Bill Clinton fizeram, ontem, as homenagens oficiais a John F. Kennedy, dois dias antes do 50; aniversário de seu assassinato. Acompanhados das mulheres, Michelle Obama e Hillary Clinton, eles depositaram uma coroa de flores no túmulo de JFK, no Cemitério Nacional de Arlington. Antes, na Casa Branca, Obama condecorou Clinton com a Medalha Presidencial da Liberdade, criada por Kennedy dias antes de ser morto, em 1963. Também receberam a comenda a apresentadora e atriz Oprah Winfrey e o ex-editor-geral do jornal Washington Post Ben Bradlee, amigo do presidente assassinado.

Os americanos se preparam para lembrar amanhã meio século do assassinato que marcou a história recente dos Estados Unidos. Várias cerimônias serão realizadas, especialmente em Dallas (Texas), cidade onde ele foi assassinado. Em uma delas, o premiado escritor e historiador presidencial David McCullough lerá trechos de discursos de Kennedy no Dealey Plaza ; o local do crime.



[SAIBAMAIS]No Cemitério Nacional de Arlington, os dois pesos-pesados do Partido Democrata ficaram em silêncio por alguns minutos diante da chama eterna sobre o túmulo. Depois, cumprimentaram membros do clã Kennedy presentes na solenidade. Obama e Clinton não fizeram qualquer declaração. A mesma atitude foi tomada pela ex-primeira-dama Hillary Clinton, provável pré-candidata do partido para substituir Obama, em 2016.

Em 2008, a tradicional família democrata rompeu uma aliança com os Clintons. Hillary despontava como nome forte nas primárias do partido para a disputa da Casa Branca, mas Caroline e Edward ;Ted; Kennedy (filha e irmão do presidente) decidiram apoiar Obama, então um pouco conhecido senador negro por Illinois. Especialistas ouvidos recentemente pelo Correio destacaram que a escolha de Obama praticamente natural para os Kennedys, pela ligação de JFK com a luta pelos direitos civis ; foi ele o autor do projeto de lei para pôr fim à segregação, nos anos 1960.

Já de olho em 2016, os cardeais democratas dão sinais de que apostam na união do partido em torno da ex-primeira-dama, que foi secretária de Estado no primeiro mandato de Obama. Hillary terá 69 anos na época das presidenciais e, mais uma vez, larga como favorita para as primárias, embora ainda não tenha oficializado a pré-candidatura. Caso se torne a primeira mulher a conquistar a Casa Branca, ela poderá quebrar mais um tabu, a exemplo de Kennedy, que foi o primeiro presidente católico, e de Obama, o primeiro negro.

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