A Organização das Nações Unidas (ONU) quer atingir o recorde de doações para o Haiti de US$ 1,44 bilhão. De acordo com o órgão, isso representa mais do que o dobro dos US$ 576 milhões pedidos anteriormente para atender às necessidades criadas após o devastador terremoto de 12 de janeiro. A maior cifra já coletada pela ONU para ajuda humanitária havia sido de US$ 1,41 bilhão para as vítimas do tsunami de 2004 na Ásia.
O ex-presidente americano Bill Clinton, que é o enviado especial da ONU ao Haiti, lançou o apelo. Segundo ele, há urgência de alimentos, água e barracas para desabrigados - uma vez que em março começa a época de chuva no Haiti.
"Prometa menos e dê. E faça isso o mais rápido possível", disse o ex-presidente. O apelo de Clinton ocorreu depois que vazou para a imprensa suas críticas à coordenação dos trabalhos das agências humanitárias no Haiti.
Pelos dados oficiais, cerca de 230 mil pessoas morreram e 1,2 milhão ficaram desabrigadas. Os desabrigados do terremoto ainda estão em campos improvisados espalhados pela capital do país - Porto Príncipe. Um dos problemas mais graves é o saneamento básico pois o risco de disseminação de doenças infecciosas é constante.
Ontem (18), representantes da ONU, dos Estados Unidos e da União Europeia se reuniram em Segovia, na Espanha, para discutir uma melhor coordenação na ajuda ao Haiti.