IQALUIT - Os países do G7 "vão zerar a dívida bilateral do Haiti", devastado pelo terremoto de 12 de janeiro, declarou neste sábado o ministro das Finanças do Canadá, Jim Flaherty, ao final de uma reunião do grupo as sete nações mais industrializadas do planeta - Estados Unidos, Canadá, França, Alemanha, Grã-Bretanha, Itália e Japão. A dívida do Haiti com este grupo já era relativamente baixa.
Além disso, o Clube de Paris, grupo informal de Estados credores, entre eles todos os países do G7, já haviam se comprometido em junho a zerar todo o débito do Haiti com seus membros, isto é, 214 milhões de dólares. O total da dívida externa do Haiti se eleva a 890 milhões de dólares. Desse total, 41% do débito foi contraído com o Banco Interamericano de Desenvolvimento e 27%, com o Banco Mundial.
O diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional, Dominique Strauss-Kahn, e o presidente do Banco Mundial, Robert Zoellick, participaram da reunião de Iqaluit. Estas duas instituições, que coordenam uma redução da dívida haitiana ante os organismos financeiros internacionais, solicitaram um esforço suplementar de todos os países para zerar o restante.
Ao mesmo tempo, as nações mais industrializadas do mundo se disseram dispostas a prosseguir com suas políticas de estímulo à economia, antes de se aterem à redução de seus déficits, afirmou Jim Flaherty, durante entrevista à imprensa, em Iqaluit, ao final de uma reunião dos Sete Grandes. No entanto, segundo o secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Timothy Geithner, "devemos nos assegurar de não estarmos comprometendo a recuperação econômica mundial".
"Estamos decididos a continuar apoiando nossas economias até que se estabeleça uma recuperação econômica sólida", acrescentou o ministro das Finanças da Grã-Bretanha, Alistair Darling. O G7 foi criado em 1975 pelo presidente francês Valéry Giscard d;Estaing, tendo se tornado com o decorrer do tempo em grande máquina diplomática e midiática.