Jornal Correio Braziliense

Festival de Brasilia do Cinema Brasileiro

Filmes empatam e levam prêmio de melhor longa no Festival de Brasília

Numa edição que privilegiou a seleção de filmes de Pernambuco, foram distribuídos 16 prêmios para pernambucanos em todas as categorias. O júri oficial Festival de Brasília do Cinema Brasileiro reconheceu duas produções de Pernambuco com o prêmio de melhor longa de ficção: Eles voltam, de Marcelo Lordello, e Era uma vez eu, Verônica, de Marcelo Gomes. A premiação aconteceu na noite desta segunda-feira (24/9) no Teatro Nacional.

O prêmio de melhor direção, no entanto, ficou para o estreante Daniel Aragão, de Boa sorte, meu amor. A produção também levou melhor som. Era uma vez eu, Verônica, produção dirigida por Marcelo Gomes, arrebatou outros cinco prêmios Candangos: roteiro (Marcelo Gomes), fotografia (Mauro Pinheiro Jr.), trilha sonora (Karina Buhr e Tomaz Alves Souza), ator coajuvante (W. J. Solha) e melhor filme eleito pelo júri popular. Esse amor que nos consome, encabeçado pelo casal Gatto Larsen e Rubens Barbot, levou as premiações de melhor direção de arte e montagem (Ricardo Pretti).

No campo dos intérpretes, o ator Enrique Diaz foi reconhecido por Noites de reis, de Vinicius Reis. A adolescente deixada pelos pais na beira da estrada, a pernambucana Maria Tavares não tinha experiência em interpretação até participar da produção Eles voltam. O papel, porém, lhe rendeu o Candango de melhor atriz. A colega de elenco igualmente inexperiente, Elayne Moura, ficou com a estatueta de melhor coadjuvante.

Entre as narrativas curtas em ficção foi eleito Vestido de Laerte, como melhor filme e direção de arte. A melhor direção foi entregue ao trio de diretores de Eu nunca deveria ter voltado. Everaldo Pontes, do mesmo curta, foi lembrado como ator. Prêmios nas principais categorias foram destinados a A mão que afaga, de Gabriela Amaral Almeida: atriz (Luciana Paes), roteiro (escrito pela diretora) e montagem (Marcelo Dutra). O curta de São Paulo ainda ficou com prêmio de melhor filme, segundo o júri popular. A melhor fotografia em curtas foi para Pedro Sotero, de Canção para minha irmã.

Histórias de vida

A história pessoal da gravidez da mulher, Flor Martínez, narrada pelo documentarista Cao Guimarães, sensibilizou o júri oficial que escolheu o filme como melhor documentário longo, fotografia e som. Também calcado em história pessoal, o doc Elena, de Petra Costa, levou o prêmio de melhor direção, direção de arte, montagem e júri popular na categoria de filmes longos. Documentário de curta duração, o paulista A guerra dos gibis, de Thiago Brandimarte Mendonça foi escolhido o melhor da competitiva de curtas. Única produção do DF na mostra competitiva, o doc curto Ditadura da especulação levou o prêmio de melhor filme eleito pelo público na categoria. O prêmio de melhor direção ficou com a veterana Liliane Sulzbach (A cidade).

Brasilienses

O melhor filme longo da Mostra Brasília foi Parece que existo, de Mario Salimon. O público elegeu como melhor narrativa longa, Sob o signo da poesia, de Neto Borges. Melhor curta-metragem, melhor direção, roteiro e filme (júri popular) foram entregues para a produção Meu amigo Nietzsche, de Faúston da Silva.

Confira a lista de vencedores do 45; Festival de Cinema de Brasília

Longa-metragem


Filme (R$ 250 mil): Eles voltam, de Marcelo Lordello, e Era uma vez eu, Verônica, de Marcelo Gomes

Direção (R$ 20 mil): Daniel Aragão (Boa sorte, meu amor)

Ator (R$ 5 mil): Enrique Diaz (Noites de reis)

Atriz (R$ 5 mil): Maria Luíza Tavares (Eles voltam)

Ator coadjuvante (R$ 3 mil): W. J. Solha (Era uma vez eu, Verônica)

Atriz coadjuvante (R$ 3 mil): Elayne Moura (Eles voltam)

Roteiro (R$ 5 mil): Marcelo Gomes (Era uma vez eu, Verônica)

Fotografia (R$ 5 mil): Mauro Pinheiro Jr. (Era uma vez eu, Verônica)

Direção de arte (R$ 5 mil): Gatto Larsen e Rubens Barbot (Esse amor que nos consome)

Trilha sonora (R$ 5 mil): Karina Buhr e Tomaz Alves Souza (Era uma vez eu, Verônica)

Som (R$ 5 mil): Guga S. Rocha, Phelipe Cabeça e Pablo Lopes (Boa sorte, meu amor)

Montagem (R$ 5 mil): Ricardo Prette (Esse amor que nos consome)

Menção especial do júri: ator Carlo Mossy (Boa sorte, meu amor)



Curta-metragem


Filme (R$ 20 mil): Vestido de Laerte, de Cláudia Priscilla e Pedro Marques

Direção (R$ 5 mil): Eduardo Morotó, Marcelo Martins Santiago e Renan Brandão (Eu nunca deveria ter voltado)

Ator (R$ 3 mil): Everaldo Pontes (Eu nunca deveria ter voltado)

Atriz (R$ 3 mil): Luciana Paes (A mão que afaga)

Roteiro (R$ 3 mil): Gabriela Amaral Almeida (A mão que afaga)

Fotografia (R$ 3 mil): Pedro Sotero (Canção para minha irmã)

Direção de arte (R$ 3 mil): Fernanda Denner (Vestido de Laerte)

Trilha sonora (R$ 3 mil): Pedro Gracindo e Victor Lourenço (Eu nunca deveria ter voltado)

Som (R$ 3 mil): Felippe Shultz e Rodrigo Maia (Menino peixe)

Montagem (R$ 3 mil): Marco Duca (A mão que afaga)

Curta-metragem de animação (R$ 20 mil): Valkiria, de Luiz Henrique Marques



DOCUMENTÁRIO


Longa-metragem

Filme R$100 mil: Otto, de Cão Guimarães

Direção R$ 20 mil: Petra Costa (Elena)

Fotografia R$ 5 mil: Cao Guimarães e Florência Martínez (Otto)

Direção de arte R$ 5 mil: Elena

Trilha sonora R$ 5 mil: O Grivo (Otto)

Som R$ 5 mil: O Grivo (Otto)

Montagem R$ 5 mil: Marília Moraes e Tina Baz (Helena)

Prêmio especial do júri: Um filme para Dirceu, de Ana Johann


Curta-metragem

Filme R$ 20 mil: A guerra dos gibis, de Thiago B. Mendonça e Rafael Terpins

Direção R$ 5 mil: Liliana Sulzbath (A cidade)

Fotografia R$ 3 mil: Francisco Alemão Ribeiro (A cidade)

Direção de arte R$ 3 mil: Natália Vaz (A guerra dos gibis)

Trilha sonora R$ 3 mil: Bid (A guerra dos gibis)

Som R$ 3 mil: Cléber Neutzling (A cidade)

Montagem R$ 3 mil: Eduardo Ferrano (A onda traz, o vento leva)


JÚRI POPULAR

Longa-metragem de ficção (R$ 20 mil): Era uma vez eu, Verônica, de Marcelo Gomes

Longa-metragem documentário (R$ 15 mil): Elena, de Petra Costa

Curta-metragem de ficção (R$ 10 mil): A mão que afaga, de Gabriela Amaral Almeida

Curta-metragem documentário (R$ 10 mil): A ditadura da especulação, de Zé Furtado

Curta-metragem de animação (R$ 10 mil): O gigante, de Luís da Matta Almeida


PRÊMIO DA CRÍTICA

Longa-metragem: Eles voltam, de Marcelo Lordello

Curta-metragem: A mão que afaga, de Gabriela Amaral Almeida


PRÊMIO SARUÊ

Conferido pela equipe de cultura do jornal Correio Braziliense

Personagens e realizadores do documentário Doméstica


MOSTRA BRASÍLIA

Troféu Câmara Legislativa do Distrito Federal para filmes locais

Longa-metragem (R$ 80 mil): Parece que existo, de Mário Salimon

Curta-metragem (R$ 30 mil): Meu amigo Nietzsche, de Fauston da Silva

Direção (R$ 6 mil): Fauston da Silva (Meu amigo Nietzsche)

Ator (R$ 6 mil): Bruno Torres (Sagrado coração)

Atriz (R$ 6 mil): Gleide Firmino (A caroneira)

Roteiro (R$ 6 mil): Fauston da Silva e Tatianne da Silva (Meu amigo Nietzsche)

Fotografia (R$ 6 mil): Vagner Jabour (Vida kalunga)

Montagem (R$ 6 mil): Edson Fogaça (A jangada de raiz)

Direção de arte (R$ 6 mil): Andrey Hermuche (A caroneira)

Edição de som (R$ 6 mil): Dirceu Lustosa (Vida kalunga)

Captação de som direto (R$ 6 mil): José Bennington (Zé do pedal)

Melhor trilha sonora (R$ 6 mil): Cláudio Macdowell (Parece que existo)

Júri popular

Longa-metragem (R$ 20 mil): Sob o signo da poesia, de Neto Borges

Curta-metragem (R$ 10 mil): Meu amigo Nietzsche, de Fauston da Silva


OUTROS PRÊMIOS

Prêmio Aquisição Canal Brasil (R$ 15 mil): A mão que afaga, de Gabriela Amaral Almeida

Prêmio Marco Antônio Guimarães (troféu Candango): Olho nu, de Joel Pizzini

Prêmio Conterrâneos: Entorno da beleza, de Dácia Ibiapina

Prêmio ABCV: Carlos Delpino e Gustavo Miguel

Prêmio Vagalume para longa: Era uma vez eu, Verônica, de Marcelo Gomes

Prêmio Vagalume para curta: A mão que afaga, de Gabriela Amaral Almeida