Jornal Correio Braziliense

Festival de Brasilia 2016

Troféu Saruê, que faz homenagem ao Festival, é obra de Francisco Galeno

'Eu já era artista plástico, mas o cinema foi algo muito estimulante, abriu muito a muito a minha cabeça para outras experiências e linguagens', afirma o artista plástico

Francisco Galeno é o artista plástico que cria a escultura Saruê para celebrar o melhor momento do festival, segundo a equipe de cultura do Correio. O troféu é uma homenagem de Galeno a Brasília e ao festival. Nos tempos da adolescência, ele frequentou muito o Cine Brasília, algumas vezes, em sessões desertas, mas extremamente estimulantes para a sua formação de artista: ;Eu fazia teatro e o Cine Brasília fantasma fazia parte do meu roteiro. Lembro-me de assistir a Um corpo que cai, do Hitchcock; O bandido da luz vermelha, de Rogério Sganzerla; Vidas secas, de Nelson Pereira dos Santos; e Di Glauber, do Glauber Rocha. Eu já era artista plástico, mas o cinema foi algo muito estimulante, abriu muito a muito a minha cabeça para outras experiências e linguagens;.

O troféu deste ano é um pouco diferente dos anteriores, mas não deixa de ter conexão com a linguagem de Galeno, em uma síntese da linguagem contemporânea e da arcaica de matriz africana.Ele esculpiu uma girafa que olha para trás como se fosse um espelho ou um reflexo:;Eu adquiri essa girafa em um loja de Parnaíba (PI);, conta Galeno. ;Não adianta olhar só para o futuro. A tradição e os mitos arcaicos estão na formação da gente;.