<p class="texto"> </p><p class="texto"><img src="https://imgsapp2.correiobraziliense.com.br/app/noticia_127983242361/2014/09/16/447220/20140916084355461998u.jpg" alt="O documentarista Vladimir Carvalho organiza retrospectiva apresentada em mostra paralela" /></p><p class="texto"> </p><p class="texto">;O perigo do documentário é ser exótico e folclórico: eu tento reprimir isso;. Talvez nessa declaração de Eduardo Coutinho, em entrevista a Claudio M. Valentinetti (em livro da série Cadernos Cine Academia), o diretor expressasse a súmula de seu ofício, declaradamente, com maior alicerce na ficção ; precisamente nas obras de Luis Buñuel, Fritz Lang, John Cassavettes, Jean Renoir e Jean-Luc Godard.<br /><br />Quase oito meses depois da trágica morte de Coutinho, o homem que achava indecifrável e ;chatíssima; a palavra documentário, no 47; Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, será homenageado em uma retrospectiva organizada pelo amigo (também de ofício) Vladimir Carvalho.<br /><br />Curador da celebração ao amigo com quem interagiu por mais de meio século, Vladimir é pontual: ;A mostra não será exaustiva, privilegiamos aspectos enxutos e ligados aos documentários (serão seis ao todo). Em Coutinho, vemos uma originalidade que não dispensava a ética. Nisso, ele era exemplar e visceral. O Festival de Brasília se enaltece ; diante da relação de Coutinho com o evento ;, ao acolher esta retrospectiva;, comenta. <br /><br />O ensaísta de temas culturais Carlos Augusto Calil complementa: ;Foi o cineasta que melhor realizou a vocação documental do cinema brasileiro, já prenunciada no decênio de 1920. Egresso do cinema político e dramático, Coutinho foi se despojando da militância e abraçando a realidade, conforme ela se apresentava ao seu olhar cada vez mais cético. Reduziu o cinema à sua essência: uma conversa que é sempre representação;.<br /><br />Na visão da atriz Dira Paes, Coutinho é ímpar, como a filmografia dele sublinha. ;Além de obra de cunho social, tinha a capacidade de extrair dramaturgia de documentário, e isso é muito rico, especialmente na visão de um ator. Coutinho prezou um cinema humanista, sofisticado de ideias e de construção de uma realidade que podia ser relaxada e performática;, analisa.<br /><br /><strong>Mostra Eduardo Coutinho</strong><br /><br /><strong>17 de setembro (quarta-feira)</strong><br />Santo forte (1998). <br /><br /><strong>18 de setembro (quinta-feira)</strong><br />As canções (2011). <br /><br /><strong>19 de setembro (sexta-feira)</strong><br />Jogo de cena (2007). <br /><br /><strong>20 de setembro (sábado)</strong><br />Babilônia 2000 (2000). <br /><br /><strong>21 de setembro (domingo)</strong><br />O fim e princípio (2005). <br /><br /><strong>22 de setembro (segunda-feira)</strong><br />Edifício Master (2002). <br /><br />A matéria completa está disponível <a href="#h2href:%7B%22titulo%22:%22Externo:%20http://publica.impresso.correioweb.com.br/page,274,41.html?i=142718=da_impresso=da_impresso_130686904244%22,%22link%22:%22http://publica.impresso.correioweb.com.br/page,274,41.html?i=142718=da_impresso=da_impresso_130686904244%22,%22pagina%22:%22%22,%22id_site%22:%22%22,%22modulo%22:%7B%22schema%22:%22%22,%22id_pk%22:%22%22,%22icon%22:%22%22,%22id_site%22:%22%22,%22id_treeapp%22:%22%22,%22titulo%22:%22%22,%22id_site_origem%22:%22%22,%22id_tree_origem%22:%22%22%7D,%22rss%22:%7B%22schema%22:%22%22,%22id_site%22:%22%22%7D,%22opcoes%22:%7B%22abrir%22:%22_self%22,%22largura%22:%22%22,%22altura%22:%22%22,%22center%22:%22%22,%22scroll%22:%22%22,%22origem%22:%22%22%7D%7D">aqui</a>, para assinantes. Para assinar, clique aqui.</p>