Jornal Correio Braziliense

Especial 1109

Ex-prefeito de Nova York pede que americanos não baixem a guarda



Washington - O ex-prefeito de Nova York, Rudolph Giuliani, que estava no cargo no momento dos atentados de 11 de setembro de 2001, pediu neste sábado aos americanos que não baixem a guarda ante a ameaça terrorista, durante a alocução semanal do Partido Republicano.

Giuliani considerou que o compromisso americano no Afeganistão e no Iraque havia contribuído para "impedir outros atentados de grande magnitude".

Advertiu, além disso, contra um "desejo de desmilitarizar, minimizando os riscos do entorno". Para ele, a retirada das tropas americanas, comprometidas na luta antiterrorista não deve ser realizada "segundo um calendário politicamente oportuno".

"Não devemos deixar que nossa impaciência impeça nossas forças armadas de alcançar seus objetivos no Iraque e no Afeganistão", disse ele.

Os comentários de Giuliani acontecem num momento em que a Casa Branca planeja manter no Iraque um efetivo de 3.000 a 4.000 homens depois de 2011, contra os 46.000 atualmente mobilizados no país.

No Afeganistão, um calendário de retirada de tropas também foi posto em prática, para mandar de volta aos Estados Unidos um terço dos 100.000 militares até 2012.

"As pessoas me perguntam, com frequência: Os Estados Unidos estão mais seguros agora do que antes do 11 de setembro?;. A resposta é ;sim;, mas não tão seguros como deveriam estar", disse Giuliani.

"Realizamos progressos significativos em obter informação da inteligência e na segurança dos aeroportos. Mas ainda resta muito trabalho a fazer", advirtiu o ex-prefeito.

O Partido Republicano divulga semanalmente uma mensagem, geralmente com assuntos da atividade política americana, assim como faz o presidente Barack Obama.

No dia dos atentados, Rudolph Giuliani foi visto como um ídolo, devido a sua capacidade de reação, de sua presença no local e compaixão, em relação às vítimas. Chegou a ser designado a personalidade do ano pela revista Time.