Jornal Correio Braziliense

Eleicoes2010

Eleitor brasiliense não perde o prumo e cumpre seu dever

Um segundo turno sem tumulto marcou, no DF, o movimento dos que foram às urnas depositar sua esperança de novos tempos

O eleitor brasiliense não perde o prumo. Depois de enfrentar um primeiro turno confuso e uma segunda etapa marcada por bombardeios das duas campanhas, o cidadão do DF cumpriu sua obrigação civil, compareceu às urnas e mostrou saber escolher seu representante. Especialmente em função das mudanças de última hora na chapa do candidato Joaquim Roriz ; que no fim acabaria mesmo sendo impugnado por não ter passado no teste da ficha suja e tentou manobrar colocando sua mulher para concorrer ao cargo de governador ;, as últimas eleições trouxeram a Brasília um panorama tenso, comparadas com os pleitos anteriores.

Na reta final da votação, o acirramento dos ânimos dos militantes ajudou a tornar mais tumultuado o processo de escolha do candidato ideal para governar o DF. Tais ocorrências tiveram mais registros na ala dos rorizistas, que, em diferentes ocasiões, demonstraram hostilidade para com a torcida do candidato petista.

Mas isso também passou. Divulgado o resultado final ; Agnelo Queiroz teve 66,1% dos votos válidos, número que não inclui os bilhetes nulos e em branco ;, Brasília celebra com um novo governo. Ao eleitor brasiliense, importa agora colaborar para uma administração que represente os anseios da maioria responsável pela escolha feita. Cada cidadão tem sua parte nesse processo.

O eleitor deu o seu recado. Alguns levaram as crianças aos locais de votação, o que não deixa de ser um preparo para os eleitores do futuro entenderem a importância da participação nas eleições.

Este é o momento em que rivalidades não têm mais sentido de existir. E o eleitor que ama Brasília, e demonstrou esse amor comparecendo às urnas deve estar preparado para um novo tempo na capital. Independentemente da faixa etária ou da condição social, agora é a hora em que os brasilienses escrevem uma nova etapa de sua história. A lição é que a história bem-escrita precisa de muitas mãos