O senador Sérgio Guerra, presidente nacional do PSDB, afirmou ontem que o seu partido vai interpelar judicialmente o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que classificara de "farsa" a suposta agressão sofrida pelo candidato tucano à Presidência, José Serra.
"Como é que vem o presidente falar contra o nosso candidato de forma agressiva, desrespeitosa e injuriosa. Nunca fizemos teatro, nunca inventamos dossiês, nunca andamos com malas dinheiro, nem cuecas contaminadas de dinheiro sujo", afirmou Guerra, que chamou Lula de "chefe de facção".
Para o tucano, houve agressão de um grupo democrático por outro, não democrático, e isso "poderá radicalizar a campanha nas ruas". "Provavelmente, vamos reagir nas ruas a essa provocação", declarou Guerra, acrescentando que a caminhada marcada para domingo na orla do Rio será "pela democracia, em defesa dos melhores valores". "O que estamos assistindo é uma vergonhosa tentativa de interferência no resultado das eleições".
No Paraná, Serra acusou o presidente Lula de incentivar a violência na campanha. Serra disse que nunca viu uma campanha com tanta mentira e classificou os adversários como "profissionais da mentira". Para ele, a campanha da candidata do PT, Dilma Rousseff, está preparada para intimidar:
"Eles agridem com violência, mas estamos preparados para não responder a essas intimidações".
Ontem, o tucano explorou em seu programa de TV agressão sofrida durante caminhada no Rio, e comparou o episódio em que Mário Covas recebeu uma bandeirada de professores durante uma greve em Diadema, em 2000.