Jornal Correio Braziliense

Eleicoes2010

Clima de acusação entre Dilma e Serra domina segundo bloco do debate

O clima de acusação pessoal continuou no segundo bloco do debate da Folha/Rede TV (TV Brasília), os candidatos fizeram duas perguntas uma para outra. Na primeira pergunta Dilma voltou a questão da privatização. "Mesmo a Petrobras dando maior preço ela não pode comprar a Gás Brasiliano. Por que a Agência reguladora e a Secretaria de Energia de São Paulo não são favoraveis a compra. Gostaria de entender o por quê?". Durante a resposta, Serra disse que o Governo do estado não é dono da Gás Brasiliano e que as estatais são utilizadas para fins partidários. "Essas não são questões reais", disse o candidato.

A pergunta de Serra para Dilma foi sobre a questão da entrada das drogas no Brasil pela fronteira com a Colômbia e sobre os usuários. "Investimos duas vezes e meia mais que o governo anterior do candidato. Re-equipamos a Polícia Federal", respondeu a petista. Na réplica, o tucano disse que O governo não fez nada para parar a entrada das drogas pela Colômbia. "Há um avião sem piloto que não está funcionando", retrucou. A tréplica de Dilma acusou o candidato Serra de ter "mania de dizer que o governo federal fez menos".

Na segunda questão de Dilma para Serra, a candidata voltou, mais uma vez, na questão da privatização. No entanto, o tucano continuou a responder sobre as drogas. "A questão da droga foi deixada de lado e eu vou avançar muito nisso se eleito", disse. Dilma, por sua vez, lembrou da região da Cracolândia em São Paulo e que o estado não tem um programa efetivo contra as drogas.

A última pergunta do bloco de Serra foi em relação a infraestrutura das rodovias e ferrovias. A troca de acusações esquentou. Dilma disse que Serra não tem conhecimento aprofundado das infraestrutura do Brasil e que, se eleita, vai investir na continuação das obras do PAC. Por sua vez, o tucano pediu para que a candidata parasse de ofendê-lo e "fizesse as coisas acontecerem". Dilma, na tréplica, afirmou que o candidato se diz ofendido, mas que continuava a ofendendo sistematicamente.