Os candidatos ao Governo do Distrito Federal (GDF) sabem da importância das obras de infraestrutura para os brasilienses. Garantir a qualidade da malha viária do DF e a continuidade de trabalhos para diminuir os congestionamentos são apenas alguns dos compromissos que Agnelo Queiroz (PT) e Weslian Roriz (PSC) assumiram em seus planos de governo.
Entre as obras que o candidato petista pretende tocar se for eleito está a ampliação do metrô até o fim da Asa Norte e outros pontos de Ceilândia e Samambaia. Quer também analisar a viabilidade do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) e do Veículo Leve sobre Pneus (VLP), com recursos do Programa de Aceleração de Crescimento (PAC). "A questão das obras de infraesturura é um ponto muito importante. O principal é trazer qualidade de vida. As mudanças vão estar voltadas a tendências de setores como saúde e educação", explica Agnelo.
A oponente, Weslian Roriz, apresenta uma lista extensa de vias a serem revitalizadas. Promete também manutenção permanente. Ela ainda pretende construir um túnel que passe por Taguatinga Centro, ligando a EPTG às QNLs, e a via Interbairros, ligando Samambaia, Taguatinga Sul, Águas Claras, Guará e SOF Sul ao Plano Piloto. Weslian quer elaborar estudos sobre a implantação do Anel Viário do DF. "A intenção é diminuir os congestionamentos e os pontos críticos de acidentes. Para isso, também vamos dar atenção especial ao transporte público", explica Weslian, em seu programa de governo.
Outros setores
A infraestrutura é composta de todo o sistema de serviços públicos de uma cidade, como rede de esgotos, abastecimento de água, energia elétrica, coleta de águas pluviais, rede telefônica e gás canalizado. Além das obras, os dois concorrentes prometem investir na distribuição de energia elétrica para reduzir a quantidade de apagões.
Se for eleita, Weslian vai promover estudos na tentativa de implantar uma usina que produza energia por meio da queima do lixo. Agnelo acredita que a Companhia Energética de Brasília (CEB) está sucateada. Traçou um plano com 16 itens voltados para a otimização desse setor, como dotar a CEB da infraestrutura necessária para melhorar as condições de atendimento pessoal, telefônico, ou eletrônico, aos seus clientes, com vistas a minimizar o tempo de solução dos problemas. Agnelo também garante que não vai privatizar a empresa.
Por fim, o candidato do PT promete que investirá em saneamento básico e infraestrutura em condomínios de baixa renda, como o Pôr do Sol, o Porto Rico e o Sol Nascente.
Obras vão ficar para a nova gestão
Há, pelo menos, 500 obras do governo em andamento hoje no DF. Uma parte delas é herança da gestão de José Roberto Arruda, que planejava concluir 2 mil construções até o fim de 2010. Os escândalos políticos, porém, atrapalharam o sucesso desse plano. O atual governador, Rogério Rosso, enfrenta o desafio de terminar os trabalhos antes do fim do mandato, mas muitos ficarão para o próximo chefe do Executivo.
Este ano, o GDF criou o Comitê de Acompanhamento e Avaliação de Obras, formado por sete secretarias. Juntos, os órgãos monitoram as centenas de construções. Do total, por volta de 30 foram entregues à população, incluindo serviços nas áreas de transporte, saúde e educação. As outras são liberadas aos poucos, com a duplicação da Estrada Parque Hotéis e Turismo, entre a Vila Planalto e o Palácio da Alvorada.
O primeiro prazo para finalizar a ampliação da Estrada Parque Taguatinga (EPTG), uma das prioridades do GDF, era no último aniversário de Brasília, 21 de abril. Rosso comprometeu-se a deixar o Buriti com a via inaugurada. Já a nova sede da 5; Delegacia de Polícia, entre o Shopping ID e o Mané Garrincha, é um exemplo do que deve ficar sob responsabilidade da nova gestão. Atualmente, o prédio é apenas um esqueleto. Ambos os candidatos prometem dar continuidade às obras em andamento. (LM)
Colaboraram Juliana Boechat e Lucas Tolentino