A candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, disse nesta sexta-feira (15) que a qualidade do ensino é um dos pilares em seu plano de governo e que a valorização do professor é fundamental para isso. ;Uma das questões centrais para garantir a qualidade do ensino fundamental e médio é garantir que o professor tenha formação continuada e salário digno;, disse a candidata.
Além de destacar a importância da valorização salarial e da formação continuada do professor, a petista ressaltou que seu projeto de educação também prevê investimentos na área de ciência e tecnologia. Segundo ela, o Brasil precisa investir em pesquisa e promover a formação de mais tecnólogos e cientistas, destacando que, sem isso, ;não serão criados empregos de qualidade;.
A candidata também fez críticas à situação dos professores temporários e citou o exemplo do estado de São Paulo, onde a situação ocorre. ;Acredito que, no Brasil inteiro, essa é uma questão que vamos ter que eliminar dentro das limitações do governo federal;, afirmou.
Dilma também disse ser contra a progressão automática dos alunos. ;A progressão automática é grave porque não cria aquela fórmula de checar se a criança aprendeu ou não. E só tem um jeito de checar: é fazer prova;.
A candidata também comentou sobre a carta direcionada aos cristãos que foi divulgada hoje por seu partido. Segundo ela, a carta ;é uma manifestação que dá aos pastores e a quem apóia a minha candidatura, os instrumentos necessários para combater a central de boatos que assola o país;.
Dilma participou, na tarde de hoje (15), de um evento na sede da Força Sindical, na capital paulista, em que lhe foi entregue uma carta-compromisso da educação, redigida por 25 entidades e movimentos nacionais propondo quatro grandes políticas públicas: ampliação do financiamento da educação pública, valorização dos profissionais da Educação, gestão democrática e aperfeiçoamento das políticas de avaliação e regulação. A mesma carta também foi entregue hoje ao candidato José Serra (PSDB).
O evento contou com a participação de vários deputados estaduais e federais e prefeitos, do senador Eduardo Suplicy, da senadora eleita por São Paulo Marta Suplicy, pelo candidato derrotado nas eleições ao governo de São Paulo Aloisio Mercadante, pela filósofa Marilena Chauí e por Ana Maria Freire, viúva do educador Paulo Freire, um dos homenageados no evento do Dia do Professor.
Também presentes na manifestação, os presidentes da Central Única dos Trabalhadores (CUT), da Força Sindical, do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) e da União Nacional dos Estudantes (UNE) manifestaram apoio à candidatura de Dilma.