O candidato ao Palácio do Buriti Agnelo Queiroz (PT) se reúne desde as 12h desta quinta-feira (14/10) com o ministro da Justiça, Luiz Paulo Barreto, para pedir a intervenção da Polícia Federal para investigar acusações contra o petista. Agnelo pede a abertura da investigação de dois casos, um envolvendo uma testemunha do Caso Shaolin, que teria sido comprada para dizer que viu Agnelo recebendo dinheiro ilícito, e o de uma suposta ligação do candidato em um caso de pedofilia em Aparecida de Goiânia, em Goiás.
A reunião foi encerrada por volta das 13h e segundo o candidato, o ministro da Justiça se mostrou bastante preocupado com as acusações e garantiu que vai tomar providências para apurar o caso. Agnelo disse estar indignado com os ataques e tentativas de atingir sua honra para manipular o resultado das eleições.
[SAIBAMAIS]O petista, juntamente com o advogado Luiz Carlos Alcoforado, apresentou três representações para a investigação das denúncias, uma delas sobre o inquérito falso de pedofilia e duas delas da compra de testemunhas no Caso Shaolin. Os dois também vão levar as representações de compra de testemunhas - que teriam sido feitas pelo advogado de Joaquim Roriz -, ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE), onde pedirão a inegilibidade de Weslian Roriz (PSC) por crime eleitoral. A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-DF) também se manifestou sobre o caso dizendo que vai abrir procedimento contra o advogado de Roriz.
Agnelo Queiroz afirma que essa é uma prática covarde, sórdida, grupal e atrasada de produzir escandâlos e neles pagar vigaristas e mercenários para atingir o adversário. Ele ainda chamou o ato de crime. "É uma prática de derrotado e desesperado que bota sua turma do crime para tentar alterar o resultado da eleição", afirmou.
Pouco antes de ir até a reunião com o ministro da Justiça, o candidato participou de um encontro com professores no Sindicato da categoria. Lá, Agnelo Queiroz entregou uma carta à categoria contendo propostas do plano de governo. Dentre elas, estão corrigir o salário dos professores pelo índice do Fundo Constitucional, erradicar o analfabestimo no DF e contratar mais docentes por meio de concurso público.
Ainda nesta manhã, o candidato foi surpreendido pelos jornalistas ao ser informado pela decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que homologou a candidatura de Benício Tavares, citado na Caixa de Pandora e acusado de exploração sexual. Agnelo disse que as acusações têm que ser investigadas nas instâncias adequadas e que ele não vai questionar o voto popular. Benício foi eleito com a preferência de mais de 17 mil eleitores.