Os comerciantes da Feira Permanente do Gama esperam a chegada do novo governo para cobrar o término da reforma do espaço. As obras estão paradas há quase um ano. O serviço foi iniciado em meados de 2009, mas acabou interrompido com o terremoto no poder público do Distrito Federal, provocado pelo escândalo da Caixa de Pandora, em novembro, que teve como epicentro o ex-governador José Roberto Arruda. Na ocasião, Arruda havia destinado R$ 3,4 milhões para a feira. Mas deus apenas para cobrir as 1.128 bancas com telhado de estrutura de ferro e zinco. O problema agora é embaixo. O piso, os banheiros e a pintura dos boxes continuam por fazer.
Essas foram as principais reclamações que o candidato ao governo do Distrito Federal Agnelo Queiroz (PT) ouviu dos feirantes, nesta terça-feira (12/10), durante a visita do petista à feira no Gama. Agnelo chegou por volta das 11h e ficou uma hora percorrendo os corredores do centro de bancas, apertando a mãos das pessoas e posando para fotografia. O político ouviu os pequenos empresários e prometeu concluir a obra, caso venha a se escolhido, no pleito do próximo dia 31, para ser governador do DF. "A feira é uma referência na cidade. Vamos terminar a reforma", garantiu.
Micro-empresa
Dono de uma banca que vende roupa, Benedito Nunes, 60 anos, apertou a mão de Agnelo e abriu o sorriso após ouviu do candidato a promessa de terminar a construção tão logo assuma o governo em uma eventual vitória nas urnas. "Nós fomos esquecidos pelos governos anteriores. Quando o Arruda entrou, ele liberou dinheiro para a obra. Mas aí aconteceu aquele problema e as obras pararam", lamentou o feirante.
Entre os planos de governo do candidato do Partido dos Trabalhadores para os microempresários, está a criação de uma Secretaria da Microempresa. "Vamos liberar mais crédito para o pequeno empresário. Além disso, vamos incentivá-lo porque essa parcela é muito importante para a população", disse Agnelo.
A agenda apertada fez com que Agnelo furasse o compromisso com os comerciantes do Shopping Pupular do Gama. A presidente da Associação da Feira-modelo do Gama (Afemog), Maria Rivanete Miron, espera que o próximo governador também estenda o olhar para lá. "Precisamos de uma estacionamento. Tem uma área que foi aprovada, em audiência público com os órgão competentes, que caberá 600 vagas. Falta apenas a liberação dos recursos", cobra ela.