Militantes da esquerda no passado, Dilma Rousseff (PT), José Serra (PSDB) e Marina Silva (PV) chegam às urnas, hoje, como representantes de três gerações políticas distintas. Nas décadas de 1960, 1970 e 1980, os três estavam unidos por um espectro político que parecia ser um só, apesar da distância geográfica, da forma de atuação e da completa ausência de relação entre eles. Em Minas Gerais e no Rio Grande do Sul, Dilma militou contra a ditadura. Serra fez o mesmo em São Paulo, foi vítima desse processo, ficou exilado por 14 anos. No Acre, Marina comandou embates nos seringais contra o desmatamento, aderiu ao marxismo, aliou-se a Chico Mendes e combateu a opressão seguindo a cartilha da ala mais revolucionária da Igreja Católica.
O curso da história política brasileira, após a ditadura, distanciou os três. Dilma aderiu ao petismo, fez dele uma bandeira e um trampolim político. Serra é centro-esquerda, representa bem o pensamento tucano. Marina comunicou-se com Dilma por quase seis anos, foram colegas de governo nas gestões de Lula. Mas diverge da petista, defende o desenvolvimento sustentável e está isolada politicamente nessa defesa.
Por meses ; os nomes estão lançados, na prática, desde o início do ano ;, Dilma, Serra e Marina passaram a se comunicar, a se confrontar. Mais polidamente no início, em meio a ataques e denúncias a partir da segunda metade da campanha oficial. Até o enfrentamento final, hoje, as histórias políticas dos três candidatos praticamente não se cruzaram. O Correio traçou a linha do tempo dos presidenciáveis.