Jornal Correio Braziliense

Eleicoes2010

Criada há 14 anos, a urna eletrônica deu mais agilidade e segurança à eleição

As urnas eletrônicas figuram na lista dos principais personagens das eleições. Elas são consideradas uma ponte entre o eleitor e o candidato. São nelas que os votos são digitados e armazenados. Criado no Brasil em 1996, o sistema eletrônico de votação substituiu o antigo método do voto em cédula e levou mais segurança aos pleitos.

O equipamento foi submetido a testes de segurança em novembro do ano passado, quando o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) chamou hackers para tentar violar a urna. Ao fim dos testes, ninguém conseguiu invadir a urna nem burlar qualquer mecanismo que pudesse colocar em risco a votação.

Em 2008, a Justiça Eleitoral usou experimentalmente as chamadas urnas biométricas em três municípios brasileiros: Colorado do Oeste (RO), Fátima do Sul (MS) e São João Batista (SC). O equipamento processa o voto a partir da identificação da impressão digital do eleitor. Agora, em 2010, mais de 60 municípios de 23 estados terão votação 100% biométrica. Mais de um milhão de eleitores foram previamente cadastrados e tiveram suas digitais colhidas. O objetivo do TSE é tornar a eleição brasileira totalmente biométrica a partir de 2018.

Outra novidade para o pleito de amanhã será a ordem de votação dos candidatos nas urnas eletrônicas. Até as eleições de 2006, o voto para deputado federal aparecia em primeiro lugar, seguido pelo voto de deputado distrital ou estadual, de senador, de governador e de presidente. Uma resolução do TSE, porém, inverteu a ordem dos dois primeiros votos. A lógica utilizada é a de que o eleitor deve votar do menor cargo (deputado distrital ou estadual) para o maior (presidente da República).