No terceiro bloco do debate dos presidenciáveis, os temas votlaram a ser sorteados e os candidatos voltaram a se atacar de forma aberta. O primeiro tema foi habitação e Serra escolheu Marina Silva para responder, mas acabou provocando Dilma, citando os dados do Programa Minha casa Minha Vida. Marina ressaltou que a iniciativa do governo federal é boa, mas que não atinge ao público que ganha dois salários mínimos.
[SAIBAMAIS]Marina disse que vai manter, e vai focalizá-lo em famílias mais pobres lideradas por mulheres. "A maioria das pessoas pobres não tem uma casa para morar, e ainda tem que ficar nas áreas mais vulneráveis", ressaltou. Serra deu ênfase a quatro situações, levando em conta a precariedade do lugar onde moram, a renda das pessoas, a urbanização, transformando favelas em bairros e residências para idosos.
Marina acusou Serra de apelar para mágica, dizendo que não viu atitudes quando o tucano foi prefeito e governador de São Paulo. A candidata do PV falou de favelas onde as pessoas vivem com esgoto a céu aberto. A candidata perguntou a Dilma Roussef sobre segurança, questionando o papel do governo federal na questão. Dilma classificou a questão como estratégica, afirmando que a responsabilidade não pode ficar só com os estados.
Dilma lembrou as unidades pacificadores, feitas em parceria com o Rio de Janeiro, levando polícia e ações sociais, como escolas e unidades de atendimento de saúde 24h. Marina acusou o governo atual de ainda não ter tomado atitude em escala, mesmo no caso do Rio. Marina ainda lembrou que os jovens são os que mais sofrem com a questão. Como solução, a candidata do PV falou em melhorar os dividendos dos policiais.
A candidata do PT pediu que Marina falasse de soluções práticas, citando um programa federal que dá uma bolsa e qualificação aos policiais. Na pergunta seguinte, Dilma teve que fazer uma pergunta a Plínio sobre saneamento, falando da importância de que se estabeleçam metas claras. Plínio disse que resolve facilmente o problema com a economia do não pagamento da dívida externa, que passaria por uma auditoria.
Plínio ressaltou que sem dinheiro não tem como resolver a questão, que é importante, mesmo não tranzendo dividendos eleitorais imediatos. Dilma retrucou afirmando que o governo já investe bilhões de reais no setor e ainda prometeu que vai levar esgoto e água tratada a todos as casas, com R$ 45 bilhões reservados na segunda edição do Programa de Aceleração de Crescimento (PAC).
O candidato do PSol perguntou ao Serra sobre saúde, falando da necessidade de reservar a 10% da arrecadação para o setor. O tucano lembrou da discussão da vinculação de verbas de estados, municípios e do governo federal. Mas Serra disse que até 2004 o governo deveria ajustar os detalhes com um projeto de lei, que não foi apresentado. O fato teria reduzido a verba em 10%.
Plínio reclamou que Serra não declarou que vai comprometer 10% do Produto Interno Bruto com a saúde. Serra admitiu que é preciso de mais dinheiro para saúde, incluindo nos esforços as soluções de saneamento e aproveitou para alfinetar Dilma pelo governo federal ter aumentado os impostos da área.